Brimas

Resenha por Rafael Teixeira

Ao entrarem na sala de teatro, os espectadores são recebidos amistosamente por duas senhoras: Ester (Beth Zalcman) e Marion (Simone Kalil). Como ficará claro depois, as duas são imigrantes radicadas no Brasil — a primeira, uma judia vinda do Egito e a outra, católica maronita oriunda do Líbano — e estão ali para um velório. Entre gracejos com o público, já vai se definindo, antes mesmo do terceiro sinal, o clima de gostosa intimidade que permeia a comédia Brimas (uma brincadeira com a palavra “primas”, pronunciada com o sotaque dos imigrantes). As próprias atrizes assinam o texto, indicado ao Prêmio Shell. Trata-se de um bem costurado mosaico de memórias que revela tradições e comportamentos da cultura de cada uma das personagens, embasando uma história de amizade acima das diferenças. Sob direção amorosa de Luiz Antônio Rocha, Beth e Simone esbanjam sinergia, divertem o público e podem até arrancar uma lágrima furtiva.

• Mais lidas

1

Beira-Mar

Nova Vale Tudo: Deborah Bloch não teme comparações com Beatriz Segall

2

Cidade

Prefeitura vai gastar R$ 15 milhões com festa de encerramento do G20

• brimas