Bela Gil: “Governo deve remunerar quem cozinha para a família”
Tese de mestrado apresentada pela cozinheira na Itália pode virar projeto de lei adaptado à realidade brasileira; "Vou levar essa ideia à frente", diz
![Bela Gil está sentada. Ela fez blusa branca com estampas vermelhas e calça cropped azul.](https://beta-develop.vejario.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/04/BELA-GIL-2019-0401-e1659987704121.jpg?quality=70&strip=info&w=1001&h=630&crop=1)
Seis meses antes de o coronavírus arrasar a Itália, Bela Gil apresentou sua tese de mestrado na Universidade de Ciências Gastronômicas, na cidadezinha de Bra, no Piemonte. Tema: “O trabalho doméstico não remunerado e como ele influencia a nossa alimentação”. Nele, a nutricionista e cozinheira defende a importância da comida “caseira, de panela” e propõe que o Estado remunere a pessoa que prepara as refeições para a família, ideia que quer trazer para a realidade brasileira. “Isso nos ajudaria a comer menos industrializados, os responsáveis pelo colapso na saúde mundial, com taxas altíssimas de obesidade, diabetes e doenças do coração.”
Isolada com parte da família em Araras, na Região Serrana, Bela apresentou a tese a Gilberto Gil. “Meu pai está lendo e gostando muito”, diz. Pré-candidata a prefeita de Porto Alegre, a ex- deputada Manuela d’Ávila se dispôs a ajudar a botar a proposta em prática. “Vou levar essa ideia à frente”, garante Bela, que, na estada na serra (atualmente se isola em São Paulo, onde está morando “e amando”), fez almôndega de casca de banana e medalhão de jaca verde para a família — de graça, e com muito amor.
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