Da pirataria aos milhões, biografia mostra Felipe Neto sem filtros

Cada minuto de publicidade em um vídeo produzido pelo youtuber custa R$ 140 mil. Essa e outras curiosidades estão no livro escrito por Nelson Lima Neto

Por Marcela Capobianco
Atualizado em 23 jun 2021, 14h13 - Publicado em 22 jun 2021, 12h53
Foto mostra Felipe Neto, de cabelos vermelhos, sentado numa cadeira gamer, com a mão no queixo e um monitor e um ring light atrás dele
Felipe Neto: biografia não autorizada, que acaba de ser lançada, revolve a vida do youtuber (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Aos 33 anos, Felipe Neto é a personificação da expressão “influenciador digital”. Com 14 milhões de seguidores no Instagram, 13,5 milhões no Twitter e mais de 42 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, cada frase que ele joga para o mundo reverbera e toma proporções escalafobéticas.

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De 2010 – quando começou a lançar vídeos na internet – para cá, ele se tornou um dos jovens empresários mais bem-sucedidos do país, passou a se posicionar politicamente, principalmente contra Bolsonaro, defendeu bandeiras e comprou briga com o prefeito Marcelo Crivella na Bienal do Livro de 2019.

À época, o prefeito do Rio mandou retirar do evento literário uma HQ que exibia um beijo entre dois personagens homens na capa. Felipe, então, comprou comprou todo o estoque dos principais livros com temática LGBT+ da feira e distribui para os visitantes. Ele gastou R$ 300 mil na ação.

Agora, Felipe Neto ganha uma biografia não autorizada e sem filtros, escrita pelo jornalista Nelson Lima Neto. A edição é da Máquina de Livros.

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Confira algumas curiosidades levantadas no livro Felipe Neto – O Influenciador:

Vida antes dos holofotes: ainda na adolescência, o hoje milionário se arriscou no mundo dos negócios. Ele abriu uma empresa de telemensagens aos 13 anos, deu aulas de design gráfico e montou um dos primeiros sites do país que legendava séries assim que eram lançadas nos Estados Unidos. Felipe oferecia também downloads dos episódios, baixados ilegalmente pelos brasileiros. “Era pirataria mesmo”, confessaria anos depois.

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Máquina de fazer dinheiro: cada minuto de publicidade em um vídeo de Felipe Neto custa R$ 140 mil. Ele pagou R$ 5,5 milhões pela mansão onde mora na Barra desde 2017, apelidada de NetoLand.

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Ator revelação: foi num curso de teatro no colégio Metropolitano, onde estudava no Méier, Zona Norte, que Felipe começou a se interessar por interpretação. Ele participou de algumas peças não só na escola, mas em apresentações amadoras em outros espaços do bairro. Quando atuou em Sonho de Uma Noite de Verão, de Shakespeare, Felipe chegou a ganhar o prêmio de ator revelação.

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Ibope de TV: em dezembro de 2020, o youtuber alcançou o pico de 600 000 pessoas assistindo simultaneamente a uma live na plataforma. O público é comparável ao de emissoras de televisão. Neste dia, ele ultrapassaria a audiência da RedeTV!, por exemplo.

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Política: segundo projeções do site Social Blade, que monitora perfis e audiência, em julho de 2022, no início da campanha presidencial, Felipe Neto terá no Twitter o dobro de seguidores de Jair Bolsonaro: 14,5 milhões contra 7 milhões. No Youtube, vai iniciar o ano com 50 milhões de inscritos, contabilizando mais de 17 bilhões de visualizações de seu conteúdo. Ou seja: ele pode ser um belo cabo eleitoral.

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Botafoguense sofredor: apaixonado pelo Botafogo, ele vai muito além de ter patrocinado o clube com a marca dos Irmãos Neto no uniforme. Em 2018, ele ajudou com R$ 175 mil na contratação do atacante uruguaio Aguirre. O fanatismo é tanto que Felipe já abandonou a própria festa de aniversário, em janeiro de 2019, para acompanhar a estreia do time do coração no Campeonato Carioca contra a Cabofriense. O alvinegro foi derrotado e o influenciador sequer voltou para soprar as velas do bolo.

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