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Cid Moreira, morto aos 97 anos, apresentou o Jornal Nacional 8000 vezes

Locutor e apresentador estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana, para tratar de uma pneumonia

Por Da Redação
3 out 2024, 16h38
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Cid Moreira: dono de uma voz grave, apresentador dedicou-se também a gravar salmos bíblicos no início de 1990 e a íntegra da Bíblia em 2011 (TV Globo/Reprodução)
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Com seus mais de 8 mil “boa noite”, ao longo de 27 à frente da bancada do Jornal Nacional, da TV Globo, Cid Moreira se tornou um ícone da televisão brasileira. Dono de uma das voz marcante, ele morreu na manhã desta quinta (3), aos 97 anos, após semanas de internação no Hospital de Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana, onde tratava uma pneumonia. Ele foi internado com insuficiência renal crônica e acabou falecendo de falência múltipla dos órgãos.

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O velório de Cid foi marcado acontecer no Parque Municipal de Petrópolis, cidade onde vivia, já na tarde desta quinta (3). No fim do dia, o corpo do locutor e apresentador será trazido para o o Palácio Guanabara, no Rio, para uma cerimônia aberta ao público. Já o enterro será na sexta (4), pela manhã, em Taubaté, em São Paulo, onde nasceu – ele completou 97 anos no último domingo (29) – como era seu desejo.

Cid Moreira foi o primeiro apresentador do Jornal Nacional, estreando na Rede Globo em 1º de setembro de 1969, e ficou na bancada até 1996, quando foi substituído, junto com Sérgio Chapelin, por William Bonner e Lilian Wite Fibe. Ele também participou do “Fantástico” desde sua estreia, em 1973, revezando com outros apresentadores. Em 1999, narrou o famoso quadro do ilusionista Mr. M, que se tornou um grande sucesso do programa dominical. Dono de uma voz grave, dedicou-se também a gravar salmos bíblicos no início de 1990 e a íntegra da Bíblia em 2011, ambos com grande sucesso. Sua biografia foi lançada em 2010, sob título “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua mulher, a jornalista Fátima Sampaio Moreira.

o locutor e apresentador iniciou a carreira no rádio em 1944, depois de ser descoberto por um amigo que o incentivou a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Entre 1944 e 1949, narrou comerciais até se mudar para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade. Em 1951, transferiu-se para o Rio, onde foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Foi lá que, entre 1951 e 1956, começou a ter suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”, na TV Rio. Sua estreia como locutor de noticiários aconteceu em 1963, no “Jornal de Vanguarda”, da TV Rio, o que marcou o início de sua carreira no jornalismo televisivo. Nos anos seguintes, trabalhou nesse mesmo programa em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, consolidando sua presença na televisão.

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Cid Moreira enfrentava problemas no funcionamento dos rins desde 2022 e, por ter que passar por sessões de diálise, acabou se mudando para as proximidades do hospital. O tratamento passou a ser realizado em casa, com a ajuda de sua mulher e da equipe médica. No último mês, o apresentador sofreu com um quadro de infecção por conta de diálise prolongada, associada à infecção urinária. Ele também apresentava dificuldade de atrofia muscular, o que comprometeu sua locomoção. Já internado, a situação se complicou em trombose nos membros inferiores, levando-o a ficar no leito por mais tempo e acamado. Cid recebeu um tratamento multidisciplinar, com equipes da infectologia e nefrologia. Mesmo na internação, foi preciso seguir com a diálise, gerando um desgaste natural do organismo.

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