Coronavírus: Crivella volta atrás e anuncia restrições a camelôs

'Podemos recuar, sem vergonha ou timidez', diz prefeito, ao anunciar o fim do 'libera geral' aos ambulantes na primeira fase de flexibilização do isolamento

Por Cleo Guimarães
4 jun 2020, 15h22
camelos
Camelôs: ocupação ilegal de área pública será coibida na Rua Uruguaiana. (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)
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Marcelo Crivella voltou atrás. Dois dias depois do início da primeira fase da flexibilização no isolamento social e das atividades econômicas do Rio, iniciada nesta terça-feira (2), o prefeito já fez o primeiro “ajuste” nas medidas. Crivella anunciou nesta quinta-feira (4) que haverá mais restrições ao trabalho dos ambulantes legais nas ruas – ele havia liberado o trabalho dos camelôs numa edição extraordinária do Diário Oficial do Município, publicada na noite de terça.

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O texto garantia que ambulantes legalizados poderiam trabalhar sem restrições, desde que seguissem as “regras de ouro” da prefeitura – um conjunto de dez protocolos básicos de segurança, como por exemplo, usar máscaras e higienizar as mãos com álcool em gel. “Nós podemos recuar, sem vergonha e timidez. Nós vamos voltar se tivermos. O ambulante vive do ‘pão nosso de cada dia’, eles precisam, mas dentro das ‘regras de ouro’. Temos que vigiar. Deu bagunça, vamos recuar”, disse o prefeito, em entrevista coletiva. O Rio tem 14 mil ambulantes licenciados.

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A partir de agora, a fiscalização dos camelôs também será feita em ação conjunta da Guarda Municipal e da Secretaria de Vigilância Sanitária. Caso estejam desrespeitando as “regras de ouro”, os ambulantes legais perderão o crachá de identificação dado pela prefeitura, e os ilegais perderão as mercadorias. “As medidas de agora são mais restritivas ao comércio ambulante das que já existiam. No decreto de faseamento, os ambulantes que estavam autorizados a trabalhar nessas áreas (orla, areia, feiras e mercados populares), agora não vão poder trabalhar. A grande liberação do comércio ambulante não é fato. Apenas 40% do comércio ambulante autorizado da cidade do Rio de Janeiro pôde voltar a trabalhar”, disse Eduardo Furtado, coordenador de Controle Urbano da cidade.

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