Coronavírus: Paes admite que pode anunciar ‘fechamento completo da cidade’
Reunião com cientistas na segunda (22) definirá medidas a serem tomadas; algumas restrições já devem ser anunciadas pelo prefeito nesta sexta (19)
A próxima segunda (22) pode marcar o início da fase mais dura das medidas restritivas no combate à pandemia da Covid-19 no Rio. Durante a inauguração do BioParque, antigo Jardim Zoológico da Quinta da Boa Vista, nesta quinta (18), o prefeito Eduardo Paes falou pela primeira vez em ‘fechamento completo da cidade’.
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Algumas das novas restrições devem ser divulgadas nesta sexta (19), quando a prefeitura anuncia um novo boletim epidemiológico do município. Mas é numa reunião na segunda (22), com integrantes do Comitê Científico, que serão definidas as decisões mais rigorosas a serem tomadas, já levando em conta os dados referentes às internações e às aglomerações do fim de semana.
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A previsão é de tempo bom no Rio, o que pode lotar praias e aumentar a circulação de pessoas nas ruas. “A gente vai discutir a possibilidade de fechamento completo da cidade. O mês de abril é ruim para a atividade econômica porque tem muitos feriados, como a Semana Santa, São Jorge e Tiradentes. Podemos fazer a antecipação dessas datas nos próximos 10 a 15 dias para termos um momento de interrupção da passagem do Covid”, afirmou o prefeito.
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Paes também fez um apelo ao congresso e ao presidente Jair Bolsonaro para que sejam adotadas ações emergenciais, caso considere necessário decretar medidas extremas na cidade. “Não é possível 90% do país em lockdown sem que haja estímulos, medida de transferência de renda e nenhum auxílio para empresários e comerciantes”, disse.
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O prefeito, que dias atrás atribuiu a falta de vacinas na cidade à alta procura de moradores de outros municípios pela imunização no Rio, disse que “de nada adianta” ele fechar a cidade sem uma coordenação com o governo do Estado e com outras prefeituras da Região Metropolitana.
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“Ontem conversei com o Cláudio Castro (governador) , disse a ele que é muito difícil uma cidade como o Rio tomar medidas sem coordenar com os municípios. Vamos sempre informar e discutir com o governador, esperando que tenhamos uma solidariedade metropolitana”, disse. Para o prefeito, se os outros municípios vizinhos não seguirem o exemplo e aumentarem as medidas restritivas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI no Rio não vai cair tão cedo.
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