O charme do crochê que sai da favela para brilhar na moda autoral
O trabalho do projeto Nós do Crochê, destaque no Carandaí 25, vai além da geração de renda
Uma técnica milenar, que oferece inúmeras possibilidades e encanta gerações. Esse é o crochê, cada vez mais inserido na moda autoral – vide o destaque no festival Carandaí 25 – e, para muitas mulheres em situação de vulnerabilidade, uma esperança e a possibilidade de mudar de vida.
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Em 2019, a artista plástica Daniela Vignoli, moradora de São Conrado, decidiu arregaçar as mangas e criou um curso de capacitação em crochê para moradoras da Rocinha. Logo ela percebeu que não adiantava só ensinar o ofício, mas sim dar condições de que essas mulheres pudessem ter, efetivamente, uma fonte de renda através da venda de peças feitas com a técnicas. Muitas delas sequer tinham condições de comprar as linhas.
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Cinco anos depois (e uma pandemia no meio), o projeto Nós do Crochê impacta mais de sessenta artesãs que produzem desde chaveiros até quimonos. As peças de moda vêm fazendo sucesso. “O trabalho vai além da geração de renda. Ver mulheres que superaram a depressão a partir do crochê é uma grande recompensa”, diz Daniela Vignoli, que toca a empreitada ao lado de Heloisa Cyrillo.
As artesãs contam com acompanhamento médico e psicológico de voluntários.
Além da parceria com o Carandaí 25, o projeto já produziu peças para grifes como Farm e Cantão.
A cada edição da feira, são vendidas cerca de 200 produtos, sempre muito elogiados pelos frequentadores.
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Quer conhecer a Nós do Crochê? O Carandaí 25 acontece no Jockey Club até sábado (11).
Serviço: Carandaí 25 – Manifesto Autoral
Qua. (8) a sáb. (11)
13h às 21h
Jockey Club Brasileiro (Praça Santos Dumont, 31, Gávea)
Entrada gratuita