Denilson Baniwa, o artista plástico indígena que ganhou o mundo

Vencedor da categoria on-line do Prêmio Pipa de 2019, ele expõe sua arte a partir de setembro na Bienal de Sidney e no MAR

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 14 ago 2020, 19h35 - Publicado em 14 ago 2020, 07h00
Denilson Baniwa: "Minha arte é antropofágica. Vim do Amazonas e me alimentei de referências modernas e urbanas para fazer as minhas obras" (Adrian Ikematsu/Divulgação)
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Representante da primeira geração de artistas plásticos indígenas inserida no circuito de exposições mundo afora, Denilson Baniwa viu a pandemia, sempre ela, adiar sua participação em duas grandes mostras, uma no Museu de Arte do Rio e outra na Bienal de Sydney, na Austrália. Confirmadas para setembro, elas são novas oportunidades para apreciar a arte de Baniwa, que já passou por países como Suíça, França, Portugal e Canadá, foi finalista do Prêmio Pipa de 2019 e vencedor da categoria on-line, eleita pelo público.

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Formado em publicidade pela PUC-Rio e morador de Niterói há sete anos, Baniwa utiliza os meios digitais como suporte de seu trabalho — o que, segundo ele, ainda causa estranheza em muita gente, sem motivo algum. “Indígena tem todo o direito de ser moderno, de usar celular, computador. É um absurdo achar que nós temos de ficar no mato”, reclama.

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