Francisco Bosco: “Na lógica imperialista dos feeds, ler é resistir”
O apresentador do Papo de Segunda comanda, no Manouche, o curso Quem Pensa?, parar refletir sobre as culturas não europeias e o descolonialismo
Francisco Bosco subirá ao palco do Manouche ao som da música Faraó, sucesso na voz de Margareth Menezes, na próxima quarta (17), mas não para cantar e tocar.
Ele vai dar uma aula sobre ideologia colonial e contribuição do Egito, dentro do curso Quem Pensa?, com encontros mensais que refletem sobre as culturas não europeias e o descolonialismo, com “s” mesmo, abrasileirado, como ele prefere.
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“Eu me sinto uma espécie de Hermes, traduzindo pensamentos sofisticados às pessoas comuns”, avaliou o escritor e professor, apressando-se em afirmar que não há pré-requisito para frequentar o curso, que mais tarde será transformado em livro.
“Na lógica imperialista dos feeds, a leitura, que requer atenção e esforço, é quase resistência”, opinou.
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E por que o sucesso do axé abrirá a aula? Bosco responde: “A canção popular é muito forte no Brasil, através dela é possível formatar toda uma ideia antropológica”, diz o apresentador do programa Papo de Segunda, do GNT.