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Ilha Fiscal: conheça o espaço onde Bruna Marquezine comemorou seus 30 anos

Conhecido por sediar o Último Baile do Império, o espaço é um importante ponto turístico da cidade, com 40 000 visitantes ao ano

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 ago 2025, 17h45
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Ilha Fiscal: festa de 30 anos de Bruna Marquezine deixou o ponto turístico em evidência (Marinha do Brasil e Arturo Holmes - WireImage/Getty Images/Divulgação)
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Nas últimas semanas, a Ilha Fiscal ganhou destaque no noticiário devido à festa de 30 anos de Bruna Marquezine, que aconteceu lá. Importante atração turística do Rio com 40 000 visitantes ao ano , o lugar tem seu nome marcado na história da cidade e do país.

Uma joia em plena Baía de Guanabara, a ilha fica próxima à Praça XV de Novembro, no Centro Histórico do Rio, e ficou muito conhecida por sediar o Último Baile do Império, que foi realizado no dia 8 de novembro de 1889, dias antes da Proclamação da República, em 15 de novembro daquele ano.

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Com vista privilegiada de vários cartões-postais do Rio, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, a ilha conta com um palacete em estilo neogótico, que hoje conta a história da construção da ilha, do último baile do Império e da ocupação pela Marinha.

A ilha começou a ganhar sua forma atual no final do século XIX, por ordem do Imperador Dom Pedro II, após uma série de aterros, que aumentaram a sua área de 4400 metros para 7000 metros quadrados. Em 27 de abril de 1889, a construção do palacete foi concluída.

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O projeto é do engenheiro Adolpho José Del Vecchio, que, na época, era diretor de obras do Ministério da Fazenda. Inspirado pelos trabalhos do arquiteto neogótico francês Eugène Viollet-le-Duc, ele projetou um pequeno castelo de linhas sóbrias e ar de catedral medieval.

O edifício foi construído em cantaria (técnica de talhar blocos de pedra bruta para constituir sólidos geométricos) de uma rocha chamada gnaisse, extraída do Morro do Pasmado, na Urca. Sua arquitetura é marcada por elementos como agulhas pontiagudas, abóbadas e vitrais coloridos com imagens do Brasil Imperial.

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O edifício conta com 75 janelas, feitas artesanalmente. Um dos pontos mais chamativos da construção é o seu torreão (torre central), no segundo pavimento, que contém 38 degraus em pedras, dispostas em torno de um eixo, em formato de caracol.

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Também no segundo andar, a sala destinada ao chefe da aduana possui uma sacada com vista para a Baía de Guanabara. O destaque do cômodo é o piso de marchetaria, confeccionado com catorze tipos de madeira de lei brasileira, formando um grande mosaico com o desenho da rosa dos ventos.

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As paredes do salão foram cuidadosamente desenhadas e posteriormente pintadas a óleo pelo artista alemão naturalizado brasileiro Frederico Steckel, um dos mais requisitados nomes da arte decorativa na cidade naquele período.

Por manter a arquitetura original, a Ilha Fiscal possui até hoje como principal pavimentação o paralelepípedo e uma pequena calçada que contorna todo o castelo. O engenheiro Adolpho José Del Vecchio também assinou o paisagismo da ilha, onde foram plantados coqueiros.

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Originalmente chamada de Ilha dos Ratos, ela ganhou o nome atual por abrigar a sede da alfândega e o posto da Guarda Fiscal que atendia o porto da capital do Império. A construção foi seriamente danificada durante a Revolta da Armada, que irrompeu no Rio em 1893.

Sem verbas para restauração, o governo sugeriu entregar o local ao Ministério da Marinha, em troca de algum edifício em melhor estado para serviço da alfândega o que só aconteceria em 1913, quase vinte anos depois.

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Entre 1914 e 1998, a Marinha usou a Ilha Fiscal como sede de variados órgãos e repartições, sucessivamente. Em 1930, o lugar foi ligado à Ilha das Cobras, que fica próxima, por meio de um molhe de concreto, tornando as duas ilhas geminadas.

A última organização militar que permaneceu no local foi o Grupamento de Navios Hidroceanográficos, até março de 1998. No ano seguinte, a ilha foi aberta à visitação do público. Atualmente, ela faz parte do Complexo Cultural da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), que preserva a história naval do país.

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O edifício foi tombado pela Prefeitura do Rio em 1990, tendo passado por diversos trabalhos de restauração desde 2001, coordenados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um dos mais longos e recentes foi em 2022, quando a ilha teve a visitação suspensa, reabrindo em julho do ano seguinte.

Em 27 de janeiro de 2025, o espaço fechou novamente, para obras emergenciais. Atualmente, o local e seu palácio estão abertos ao público. O ingresso custa 60 reais (com meia-entrada nos casos previstos em lei) e pode ser adquirido presencialmente ou pelo site Ingresso com Desconto.

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A entrada inclui o acesso às atrações do Espaço Cultural da Marinha (Avenida Alfred Agache, s/nº, Centro), de onde acontece a saída para a visita. O acesso é feito por embarcação (que não comporta cadeirantes) ou micro-ônibus e leva cerca de quinze minutos.

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Atualmente, em dias específicos, há atrações como guia bilíngue, além de visita encenada e chá da tarde, com ingressos vendidos à parte e com preço especial. A Ilha Fiscal estará fechada para visitação pública nos dias 21, 22, 23 e 24 de agosto e 11, 13 e 27 de setembro.

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Bruna Marquezine teve que assinar um termo se comprometendo a obedecer uma série de regras de conduta para poder realizar a festa. Entre as regras, limite máximo para o som, para não comprometer os vitrais do palacete; nada de fogos ou qualquer coisa com chama; canhões de luz e filmagens com drones também foram proibidos.

Para realizar um evento na Ilha Fiscal, o interessado deve fazer uma doação de 80 000 reais para a Marinha. Esse valor é destinado pela própria instituição a uma organização de caridade à sua escolha.

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