“Vou fazer história”, diz Ludmilla prestes a puxar samba da Beija-Flor
A cantora foi convidada por Neguinho da Beija-Flor para dividir os vocais durante o desfile. "Ela é uma heroína", define o artista
Com a ansiedade a mil, a cantora Ludmilla não vê a hora de entrar pela Marquês de Sapucaí no alto do carro de som para defender o samba-enredo da Beija-Flor nesta segunda (20). Ao lado dela, é claro, estará Neguinho da Beija-Flor, que foi quem teve a ideia de convidar a funkeira e pagodeira para assumir a nobre função na Avenida.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, a artista de Caxias, município da Baixada Fluminense quase vizinho a Nilópolis, reconheceu a importância de ser uma das vozes de um desfile na Sapucaí e prometeu honrar o legado de cantoras que, no passado, soltaram a voz na Passarela do Samba, a exemplo de Alcione, Clara Nunes e Elza Soares.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
“Agora senti o impacto. Amo demais o trabalho dessas cantoras, tudo o que elas representam para o nosso país. Elas são a música brasileira e tiveram uma carreira muito consolidada. Eu vou entrar para a história da música brasileira ao lado delas”, resumiu Ludmilla.
+ Museus, ateliês e bares renovam atrações no entorno da Praça da Harmonia, na Gamboa
A artista também revelou como surgiu a parceria com a agremiação. “Eu estava em Angra dos Reis, andando de barco as minhas amigas quando o presidente da escola me ligou para dizer que o Neguinho da Beija-Flor tinha um convite para me fazer. Eu pedi para ele me adiantar um spoiler. Quando ele falou, comecei a gritar”, contou a artista ao programa Fantástico, da TV Globo. Para dar conta da parceria, Ludmilla redobrou os cuidados vocais e realinhou a agenda de shows.
A Azul e Branco de Nilópolis vai levar à Sapucaí um enredo sobre o Grito dos Excluídos, defendendo a tese de que a independência do Brasil foi conquistada pela luta do povo. Os carnavalescos responsáveis são Alexandre Louzada e André Rodrigues.
+ Off-Carnaval: peças, exposições e mais programas para fugir da folia
“Nosso enredo é sobre heroínas e Ludmilla é uma heroína que veio do nada, assim como eu. Eu vim de Nova Iguaçu, ela de Caxias. Trilhamos o mesmo caminho. Além disso, ela tem um vozeirão”, explica o puxador oficial do samba da escola de Nilópolis.