Malu Barretto: ‘Convidados não estavam preocupados em ver e serem vistos’

Idealizadora do Camarote Arara na Avenida por VEJA RIO junto a Pedro Igor Alcântara, ela faz um balanço sobre a estreia bem-sucedida na Marquês de Sapucaí

Por Carolina Barbosa
Atualizado em 1 mar 2020, 18h37 - Publicado em 1 mar 2020, 16h57
Pedro Igor e Malu Barretto: estreia bem-sucedida na Avenida (Bruno Ryfer e equipe/Veja Rio)
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Três dias de festa na Passarela do Samba, responsável por sediar o “maior espetáculo do planeta”, 1200 convidados a cada noite, diversas atrações musicais, bufê estrelado, lista de convidados alentados. Camisa da Osklen, cenografia caprichada, com direito a lambe-lambe tons em neon e outros elementos que remetem ao Rio dos anos 80. Cada detalhe da estreia do Camarote Arara na Avenida por VEJA RIO foi pensado pela dupla Malu Barretto e Pedro Igor Alcântara, sócios e idealizadores do afamado e disputado Baile da Arara. O resultado não poderia ser outro. No último dia de desfiles, o sábado das campeãs, Malu fez um balanço do debute no Setor 8 do Sambódromo. “Queríamos resgatar o brilho da Avenida, a beleza das escolas de samba, colocar todo o foco ali, nas agremiações, não nas pessoas, mas na Avenida. Deu mais do que certo. Foi muito bacana ver o resultado de tanto trabalho, que começou em novembro. Percebi que as pessoas (os convidados) não estavam preocupadas em ver e serem vistas, elas estavam vidradas na Avenida, prestando atenção nesta beleza de Carnaval que a gente tem de valorizar muito. E se divertindo, claro”, comentou.

+Arara na Avenida por VEJA RIO: o camarote mais descolado da Sapucaí

Apesar da vasta experiência com a produção de grandes eventos (ela e Pedro Igor são sócios na Agência Arara), Malu admite ter sentido um “friozinho na barriga” antes de pisar no espaço no primeiro dia, o domingo (23): “Uma coisa é fazer um baile despretensioso para amigos. Outra é fazer esse bicho muito maior. Na Avenida poderia dar tudo muito errado, até porque era um terreno ainda desconhecido. Confesso que eu estava muito nervosa. Pensei: meu Deus, para que fui inventar ser dona de camarote? (risos). Mas foram só os primeiros dez minutos, porque quando entramos e vimos a reação das pessoas, todo mundo curtindo, as fantasias caprichadas que fizeram a partir das camisetas, fiquei bem satisfeita e feliz. Adorei ouvir do público que foi uma outra experiência dentro da Avenida”.

Segundo ela, organizar um Camarote desta magnitude foi uma oportunidade ímpar. “Já fiz muito evento na vida, mas nunca aprendi tanto. Aqui, você lida com todo o tipo de gente e, no fim, sabe que vai dar certo. São vários perfis de mentalidade, é outro porte de evento, muito grande, com praticamente doze horas de duração. É um trabalho de equipe mesmo. Para mim está sendo mais do que gratificante”, relata.

Qual a fórmula de tamanho sucesso numa estreia Carnavalesca? “Realmente acredito que tudo que a gente faz com amor e dedicação, isso passa para as pessoas. O público realmente sentiu a energia que colocamos aqui. Eu me surpreendi muito com a reação e o feedback das pessoas. Houve quem dissesse que achou o camarote confortável, espaçoso. Foi exatamente o que queríamos: proporcionar uma experiência prazerosa aos convidados para que pudessem aproveitar ao máximo esse espetáculo. Queremos que as pessoas curtam, que olhem esta beleza e sintam orgulho desta cultura maravilhosa, do Carnaval, de serem brasileiras, de serem cariocas, de estarem no Rio de Janeiro. Não sou carioca, infelizmente, mas adotei o Rio como minha cidade e estou me sentindo muito orgulhosa, mais do que nunca. O Rio é maravilhoso. Não existe nada igual no mundo. E a Sapucaí nos faz amar ainda mais essa cidade”, declarou Malu, que já pensa em ajustes para o próximo ano, mas, por enquanto, só quer se recuperar da temporada intensa de folia.

 

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