Por que os paquitos não querem ter a vida retratada em documentário
O sucesso da série Pra Sempre Paquitas, da Globoplay, despertou também a curiosidade sobre a versão masculina das assistentes de palco de Xuxa
O sucesso da série documental Pra Sempre Paquitas, disponível desde o último dia 16 na Globoplay, que atraiu a atenção do público para as ex-assistentes de palco de Xuxa, despertou também a curiosidade sobre a versão masculina do grupo: os Paquitos.
Com duração bem mais curta que a versão feminina, a boy band Paquitos existiu apenas entre 1989 e 1992, e contou com Alexandre Canhoni, Claudio Heinrich, Egon Junior (Gigio), Marcello Faustini e, em momentos diferentes, por Robson Barros e Yuri Martins.
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Eles também acompanhavam Xuxa em turnês e faziam apresentações de seu único disco, Paquitos (1990). O álbum vendeu cerca de 120 000 cópias, alcançando o disco de ouro, com músicas como Muito Prazer e Paquidance.
Com exceção de Yuri, também participaram, em 1990, dos filmes Lua de Cristal e Sonho de Verão, esse último estrelado pelas Paquitas e recordista de bilheteria no país na época, com mais de dois milhões de espectadores.
No entanto, quando os antigos membros foram procurados pelo site F5, somente Canhoni e Faustini quiseram dar entrevista. “Não haverá doc dos Paquitos. Temos bastantes histórias legais e divertidas, mas não polêmicas”, garantiu o segundo.
Canhoni, que diz ainda não ter assistido à série sobre as Paquitas, garantiu: “Não é algo que desejo, nunca pensei nisso”. Ele admitiu que Marlene Mattos, citada na produção sobre as meninas e na sobre Xuxa, também era dura com eles. “Levei várias broncas dela, sempre fui hiperativo, impulsivo, então não era fácil”, afirmou.
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Claudio Heinrich foi o que mais se destacou após o fim do grupo. Em 1995, ele integrou a primeira temporada de Malhação. Cinco anos depois, protagonizou a novela Uga Uga, no papel de um homem branco que foi salvo por um pajé e criado como indígena. Foram seus trabalhos de maior destaque, mas ele esteve em outras produções na Globo e na Record.
Ele participou do humorístico A Vila, do Multishow, em 2020, e sua aparição mais recente na TV foi no reality No Limite, na Globo, em 2023. Ele também se formou em Jornalismo e se tornou professor de jiu-jítsu. Procurado pelo F5, não quis se pronunciar. “No momento não estou dando entrevistas, quem sabe mais para a frente…”, disse.
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Faustini chegou a atuar em novelas, como Malhação, Kubanacan e Amor à Vida. Em 2018, participou do reality Dancing Brasil, na Record, apresentado por Xuxa. Nos últimos anos, passou a se dedicar mais à música. “Gosto mais da carreira musical, canto e toco piano, e continuo fazendo apresentações pelo Brasil”, disse ele.
Já Alexandre Canhoni, o Xande, chegou a lançar um álbum solo e a fazer shows. Em 1995, se converteu à religião evangélica, e passou a cantar música gospel. Ele se tornou missionário e, desde 2002, vive no Níger, na África, onde fundou um projeto social e adotou 19 filhos com a esposa, Giovanna.
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Egon Junior, ao sair do programa, apostou em sua carreira como ator e participou da novela Despedida de Solteiro. Ele ainda tentou atuar na direção, mas acabou deixando a vida artística, estudou marketing e abriu uma empresa ligada a estratégias de inovação. Há anos, ele vive com a família em Portugal.
Robson Barros, o primeiro a sair do grupo, trocou os palcos pelos bastidores, e foi atuar na área de produção musical com o pai, e até hoje trabalha na área: ele é dono de uma empresa de eventos em São Paulo.
Yuri Martins, que entrou para o grupo em 1991, substituindo Robson, voltou para a sua terra natal, o Pará, trabalha como corretor de imóveis, tem três filhos e já é avô.