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Quem é a rainha de bateria submetida a tomografia por suspeita de tráfico

Inocente, ela não foi realocada em voo e perdeu a viagem que a ajudaria a sustentar a família e a fantasia do desfile

Por Redação
9 jan 2024, 13h21
Cíntia Barboza: escola de samba divulgou nota em que fala de racismo
Cíntia Barboza: escola de samba divulgou nota em que fala de racismo (Internet/Reprodução)
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Rainha de bateria da Acadêmicos de Realengo e professora, Cíntia Barboza teve a bagagem revistada duas vezes, sofreu revista pessoal e chegou a ser levada para fazer uma tomografia em hospital para provar que não havia engolido drogas para o tráfico. O incidente no Aeroporto de Guarulhos a impediu de embarcar para Benin, na África, devido à suspeita da Polícia Federal, sem que houvesse qualquer tipo de auxílio para o realocamento em voo que partiria no dia seguinte.

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Eu ia trabalhar para receber os recurso para fazer a minha fantasia. Agora eu não tenho mais como fazer. Eu não estou pedindo nada a ninguém. Eu sou mãe solteira, cuido do meu filho sozinha e, quando viajo, o deixo com a minha mãe”, afirmou Cíntia, que ficou mais de 24 horas no aeroporto e acabou perdendo o trabalho.

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“Quando deu 4h30, a delegada perguntou: ‘vocês todos entendem português? Vocês vão precisar ir ao hospital para fazer exame’. Fiquei esperando, até dar umas 5h. Eu estava com sede, com fome, não aguentava mais”, disse Cíntia. O exame deu negativo e Cíntia foi deixada no aeroporto com as malas. Ao tentar remarcar a passagem para o dia seguinte, foi informada de que o voo não tinha vagas.

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A Polícia Federal afirma que a mulher foi alvo de procedimento padrão e que foi liberada após verificação, e que vai apurar eventuais abusos.

Sou professora da prefeitura, dou aula para crianças e idosos. Para mim, é complicado. Porque, no meu grupo de crianças, as mães estão recebendo mensagens. É uma situação horrível. Mas eu não vou parar”, disse Cíntia.

Além de rainha de bateria da Acadêmicos de Realengo, que desfila na Intendente Magalhães, Cíntia planejava desfilar na Unidos de Padre Miguel. Sem o dinheiro do pagamento das apresentações e divulgação do carnaval carioca em Benin, ela não consegue pagar as fantasias.

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A Acadêmicos de Realengo divulgou uma nota de repúdio ao episódio em suas redes sociais, afirmando que Cíntia foi vítima de racismo.

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