Seu Jorge: ‘As lives vieram para ficar, mesmo depois da pandemia’

Cantor faz show remoto neste sábado (15), e costuma acompanhar apresentações dos colegas: 'Chorei muito vendo o Caetano com os filhos'

Por Cleo Guimarães
13 ago 2020, 16h42
A imagem mostra o cantor Seu Jorge, de gorro, segurando um violão
Seu Jorge: Às voltas com processo por uso indevido de trechos de clássico de Mário Lago em composição própria  (Lab3tv/Divulgação)
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O admirável mundo novo das lives pegou Seu Jorge de jeito. “Estou curtindo”, diz o cantor. Durante a quarentena ele já se apresentou com Alexandre Pires e Daniel Jobim e, neste sábado (15) fará seu primeiro show on-line sozinho, com ingressos à venda pela internet. Literalmente sozinho: somente ele e o violão. No repertório, todas as 14 músicas de The Life Aquatic Studio Sessions – releituras, em português, de músicas de David Bowie.

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O álbum é a trilha sonora de “A vida marinha com Steve Zissou”, filme dirigido por Wes Anderson em 2004, no qual o cantor atuou, ao lado de nomes como Bill Murray, Owen Wilson, Cate Blanchett, Anjelica Huston, Willem Dafoe e Jeff Goldblum. Foi Anderson quem pediu para o ele gravar o disco, com releituras, em português, de músicas de David Bowie – o resultado mereceu elogios do próprio Bowie, que morreu em 2016. Confinado em sua casa, em São Paulo, Seu Jorge conversou por telefone com VEJA RIO.

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Você já participou de algumas lives e agora fará uma apresentação sozinho neste formato. Gostou da novidade? Estou curtindo bastante. É a maneira que encontrei de estar perto do público, fazendo música. As pessoas estavam em casa, querendo ver outras coisas além de notícias sobre a pandemia, que são importantes, sim, mas muito tristes. Eu acho, inclusive, que as lives vieram para ficar.

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Muita gente as considera uma novidade passageira. É uma experiência nova, mas não sei se vamos nos desfazer dela tão cedo. As lives vão continuar rolando porque são divertidas, e essa história de você ver os cantores no reservado da sua casa é uma alternativa muito interessante. Em algum momento vamos voltar aos shows presenciais, claro, mas eles não excluem as lives. Não são duas coisas excludentes, pelo contrário.

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Você também costuma assistir às lives? Sim, muito. A da Alcione eu adorei, a do Só Pra Contrariar teve um suíngue delicioso. A do Caetano, meu Deus. Fiquei emocionado o tempo todo, chorei muito com ele e os filhos, na intimidade de casa. Que homem fabuloso. Foi lindo, um alento nesses dias duros que passamos.

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Seus fãs também terão a oportunidade de ver a intimidade da sua casa na live de sábado? Não, eu optei por fazer uma externa, em Ubatuba, de frente para o mar. Tem o espírito do Wes Anderson, um pouco da vibe de Ponza, na Itália, onde rodamos várias cenas do filme.

 

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