Imagem Blog

Fabiane Pereira

Por Fabiane Pereira, jornalista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Continua após publicidade

A luta de Zumbi, a escrita de Bernardine Evaristo e o Grammy Latino

Diminuir a segregação racial do Brasil precisa ser nossa prioridade

Por Fabiane Pereira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 nov 2020, 15h49 - Publicado em 20 nov 2020, 13h04
O legado de Elza, Tim, Simonal e Itamar (montagem/Divulgação)
Continua após publicidade

Dia de celebrar Zumbi, homem negro que lutou por liberdade e fundou um dos maiores refúgios de escravos do Brasil. Quem pensa que nosso terrível “passado” escravagista não nos assombra, não entende que vivemos num apartheid. Ontem, José Alberto Silveira Freitas, um homem negro, foi espancado até a morte por dois seguranças brancos dentro do Carrefour, em Porto Alegre. José não foi o único. Dentro da rede Carrefour já houve casos semelhantes. E o que a gente faz? NADA. Nos “revoltamos” dentro de nossas confortáveis casas e olhe lá.

 

Garota, Mulher, Outras
Garota, Mulher, Outras (capa do livro/Divulgação)

Garota, Mulher, Outras”, da Companhia das Letras, é o oitavo livro de Bernardine Evaristo, escritora premiada anglo-nigeriana. Uma mulher negra cuja escrita impressiona pelo vigor e sensibilidade. As histórias se passam em Londres mas poderiam se passar no Rio de Janeiro ou em qualquer grande capital do Brasil. Os problemas enfrentados pelas mulheres negras são semelhantes em todo mundo e independem de idade, orientação sexual e classe social. O racismo entranhado adoece a todas em menor ou maior grau.

Continua após a publicidade

Ontem à noite rolou a 21ª edição do Grammy Latino. O evento ocorreu de forma virtual pela primeira vez, por conta das restrições impostas pela pandemia. A boa notícia é que há muitos brasileiros entre os vencedores. O rapper Emicida levou o prêmio de “Melhor álbum de rock ou de música alternativa em língua portuguesa”, pelo disco “AmarElo”. A contribuição dos homens e das mulheres pretas para a música brasileira é imensa. Eu diria, inclusive, que sem eles, a nossa música jamais seria o que é. Viva Emicida e tantos outros que seguem o legado de Brown, Tim, Elza, Itamar, Simonal…

Nessa sexta chuvosa, vou me apegar a escrita de Bernardine, rezar pela alma de José, ouvir a playlist A luta de Zumbi, a escrita de Bernardine Evaristo e o Grammy Latino que disponibilizei no Spotify (Viva Zumbi! by Papo de Música) e tentar fazer alguma coisa efetiva pra diminuir o apartheid social deste país.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.