Allan Di Lucia dá aulas de jiu-jítsu a pessoas com deficiência

Estudante de educação física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o carioca de 24 anos comanda o projeto Jiu-Jítsu sem Limites

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 5 dez 2016, 11h24 - Publicado em 25 mar 2016, 01h00
Allan Di Lucia: aulas de jiu-jítsu a pessoas com deficiência
Allan Di Lucia: aulas de jiu-jítsu a pessoas com deficiência (Felipe Fittipaldi/)
Continua após publicidade

Em 2013, Allan Di Lucia entrou no tatame para disputar o campeonato estadual de jiu-jítsu, no Clube Municipal, na Tijuca. Saiu de lá com a medalha de ouro no peito. Mas sua maior vitória viria a seguir. Ao fim da disputa, foi abordado por um jovem com paralisia cerebral, que o convidou para lutar com ele, ali mesmo, numa apresentação despretensiosa. Di Lucia topou. “Foi uma das maiores experiências da minha vida. A alegria dele era contagiante”, diz o campeão e estudante de educação física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), hoje com 24 anos. Desde então, aquela cena ficou na sua cabeça. Seis meses depois, ele foi à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), também na Tijuca, e se ofereceu para dar aulas de jiu-jítsu como voluntário. Nascia aí o projeto Jiu-Jítsu sem Limites. “No início, eram cerca de dez alunos apenas. Hoje, são 120 pessoas, cuja faixa etária vai de 14 a 57 anos”, revela, com orgulho, o lutador, que conta com a ajuda de três amigos nas aulas. 

Para os que frequentam os treinos ministrados por Di Lucia, os benefícios são muitos. “A luta ajuda na questão física, otimizando o sistema cardiovascular e minimizando a rigidez muscular, própria de quem tem síndrome de Down. E ela ainda tem caráter social. Eles deixam de ser apenas especiais; são lutadores, seguem regras e, assim como quase todo mundo, fazem uma atividade extra”, explica Di Lucia, que garante que também se beneficia do convívio com os alunos. “O amor deles é muito puro, de um afeto genuíno”, diz o lutador, que, há cerca de um ano e meio, teve de abandonar as competições por causa de dois tumores benignos no cérebro. “Eu estava treinando, tomei uma pancada na cabeça e perdi a memória. No hospital, descobri o problema. Não posso operar, por causa da localização dos tumores, mas levo uma vida normal”, conta o professor.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.