Aluguel em alta: quantidade de imóveis disponíveis é a menor desde 2016
Preço médio do aluguel também disparou nos últimos dois anos, registrando aumento de 26,29%
A cidade do Rio registrou a menor quantidade de imóveis residenciais disponíveis para alugar dos últimos sete anos no fim de 2023, equivalente a 4,3%. De acordo com um estudo de inteligência da administradora Apsa, a cada cem imóveis na capital, somente quatro estariam vagos e em busca de inquilinos.
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Encontrar um imóvel bom e na faixa de preço ideal também não tem sido fácil. Segundo a empresa, o valor médio do aluguel no Rio subiu 16,48% somente em 2023. Considerando os dois últimos anos, o aumento foi de 26,29%.
Os valores de aluguel por metro quadrado podem ir de R$ 19,75, como ocorre em Campo Grande, chegando até R$ 136,05/m², na nobre Ipanema. Um imóvel de 100 metros quadrados, portanto, pode registrar um aluguel entre R$ 1.975,00 a R$ 13.605,00 – uma variação de 85% entre o bairro mais barato e o mais caro. Para chegar a esses valores, a Apsa avaliou o anúncio de 29.010 ofertas residenciais para locação.
“Encontrar um imóvel para alugar não tem sido tarefa fácil no Rio de Janeiro. Há poucos imóveis e os que estão desocupados normalmente não estão em bom estado de conservação. Por conta dessa falta de oferta de imóveis, os aluguéis aumentaram bem acima da média da inflação. Há bairros no Rio de Janeiro, como Botafogo, em que o aluguel subiu até 28% em 2023”, explica o gerente de imóveis Flavio Olimpio.
A alta do aluguel pode ser justificada também pelo aumento de imóveis novos. Em Botafogo, o aluguel de um apartamento residencial de 78 metros quadrados em um condomínio recém-inaugurado chega a custar R$ 8.700,00. Já em um condomínio mais antigo, um apartamento de mesmo tamanho teria aluguel médio de R$ 5.168,00, sendo a média de R$ 66,00 por metro quadrado.
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A pesquisa aponta também que os imóveis vagos têm sido anunciados com um valor bem mais alto que dos apartamentos atualmente locados. No Flamengo, por exemplo, essa variação é de cerca de 70%.
Mesmo com os aluguéis mais altos, os imóveis estão sendo ocupados de forma rápida. No Leblon, a Apsa observou que seus imóveis permaneceram 79 dias desocupados em 2022, enquanto levaram apenas 32 dias para serem alugados em 2023. Foi uma redução de 59,5% no tempo para alugar.