Alunos que fizeram ameaças a escolas do Rio são levados para depor
Segundo o prefeito Eduardo Paes, os estudantes usavam perfis falsos para divulgar ameaças e promover pânico
Dois alunos da rede municipal de ensino do Rio suspeitos de fazer ameaças na internet de ataques contra as escolas que frequentam foram levados para a delegacia por uma operação da Polícia Civil, em conjunto com a prefeitura do Rio, para prestar esclarecimentos. Os estudantes apreendidos, menores de idade, usavam perfis falsos para divulgar ameaças e promover pânico, segundo publicou o prefeito Eduardo Paes em seu perfil no Twitter na tarde desta quinta (13).
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“A prefeitura do Rio, com forças de segurança do estado, interceptou ameaças de violência feitas por dois alunos da rede municipal. Eles foram levados à delegacia”, escreveu o prefeito. Segundo ele, a força-tarefa vem atuando em sigilo para antecipar casos de violência e evitar que ameaças sejam levadas adiante. “As equipes recebem eventuais informações dos nossos profissionais da educação e atuam com inteligência nas redes sociais“, explicou antes de finalizar: “As escolas devem ser locais de proteção e acolhimento. A segurança dos nossos alunos e educadores é minha prioridade absoluta“.
Atenção
A Prefeitura do Rio, c/ forças de segurança do Estado, interceptou ameaças de violência feitas por 2 alunos da rede municipal. Eles foram levados à delegacia. Desde os ataques em Blumenau e São Paulo, criamos uma força-tarefa com Polícias Civil e Militar e Min da…— Eduardo Paes (@eduardopaes) April 13, 2023
Ainda de acordo com Paes, a ação foi realizada por uma força-tarefa envolvendo prefeitura, Polícia Civil e Ministério da Justiça. O esforço foi criado após os ataques a escolas em Blumenau e São Paulo. A Secretaria municipal de Educação vem monitorando esses casos desde a última sexta (7). Desde a primeira notificação de ameaças recebida pela SME, houve uma constante troca de informações com as forças de segurança, em um trabalho de inteligência. As unidades receberam reforços da Patrulha Escolar da Guarda Municipal do Rio e da Polícia Militar.
A SME informa que tem um protocolo em todas as 1.549 escolas para ameaças à comunidade escolar. O procedimento adotado nestas situações de ameaças que circulam na internet é que os casos sejam reportados pelas equipes da secretaria para a Polícia Civil e para o Laboratório de Operações Cibernéticas (CiberLab) da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência do Ministério da Justiça. A partir daí, uma investigação é iniciada.
Seguimos atentos e vigilantes. @eduardopaes pic.twitter.com/74Sf3ANCZ0
— Renan Ferreirinha (@ferreirinharj) April 13, 2023
“Não desejamos de forma alguma que alunos sejam apreendidos, mas, de acordo com a gravidade de cada situação, as medidas cabíveis serão tomadas. Garantir a segurança e a integridade dos nossos alunos e profissionais é a prioridade máxima da prefeitura”, diz o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.
O Núcleo Interdisciplinar de Apoio às Unidades Escolares (Niap), da SME já foi acionado para oferecer suporte psicológico para esses alunos. “Queremos lembrar aos nossos alunos que eles podem contar com nosso apoio e acolhimento socioemocional nesse momento. Conversem com seus professores, com a sua escola, peça ajuda se estiver precisando. Existe uma rede de amparo e nossos alunos precisam saber que estamos aqui”, acrescenta Ferreirinha.
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Em meio ao aumento de casos de violência dentro das instituições de ensino, a Câmara Municipal do Rio aprovou nesta quinta (13) um projeto de lei para monitorar as unidades escolares cariocas. O PL Nº 1166/2022 institui o Sistema de Informações Sobre Violência nas Escolas da Rede Municipal de Ensino, com a formatação e manutenção de banco de dados com informações detalhadas. O projeto foi aprovado em primeira discussão e voltará à pauta para segunda votação. O objetivo principal é mapear e monitorar condutas ou atos de violência ocorridos no ambiente escolar envolvendo alunos, professores, dirigentes e agentes públicos que atuam nas escolas. Também faz parte do escopo do projeto identificar estabelecimentos com mais ocorrências relacionadas à violência, intensificar ações sociais nas escolas identificadas, colaborar com a formação de políticas públicas necessárias à redução da violência no ambiente escolar, otimizar, economizar e adequar recursos públicos.