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Após pressão popular, inquérito de caso contado na peça Macacos é reaberto

Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, foi morto com um tiro de fuzil na cabeça enquanto brincava na frente de sua casa, no Alemão, em abril de 2015

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 set 2023, 17h19
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Terezinha Maria de Jesus: mãe do menino Eduardo de Jesus Ferreira, morto aos 10 anos, atingido por um tiro de fuzil (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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Oito anos depois, o Ministério Público do Rio (MPRJ) decidiu desarquivar o inquérito policial que investiga a morte de Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, atingido por um tiro de fuzil na cabeça no Complexo do Alemão, na Zona Norte, em 2 de abril de 2015. A notícia é do jornal O Globo.

O advogado à frente do caso, João Pedro Accioly, conheceu a mãe do menino, Terezinha Maria de Jesus, em julho deste ano, quando assistia à peça Macacos, de Clayton Nascimento, que trata do racismo no Brasil, no Teatro Firjan Sesi Centro. Ela fazia uma participação em que contava sua luta por Justiça. Comovido, Accioly subiu ao palco e se ofereceu para assumir a ação.

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Eduardo foi assassinado por um tiro de fuzil enquanto brincava na porta de sua casa, na localidade do Areal, no Alemão. O caso gerou comoção nacional. No Alemão, amigos e moradores fizeram um protesto no dia seguinte a sua morte. No dia 8 de abril de 2015, a ONG Rio de Paz levou cartazes ao Cristo Redentor falando sobre a importância do prosseguimento das investigações.

O inquérito concluiu que o disparo partiu da arma de um policial militar, mas ninguém foi punido. As investigações consideraram que os agentes de segurança agiram “em legítima defesa”, já que, segundo os policiais, havia um confronto na comunidade, o que é questionado por familiares do garoto e moradores da região.

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O advogado afirma que há fatos novos e provas inéditas sobre o caso, o que levou a um parecer favorável da Assessoria Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça pela reabertura do inquérito. Na decisão do MPRJ que acolhe o parecer, além de retomar as investigações com relação a um PM que havia sido indiciado, é determinado que os autos sejam remetidos a uma das Promotorias de Justiça Especializadas do Rio para apreciação também com relação a um segundo policial.

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