Ginásio da Rio 2016 vai se transformar em quatro escolas na Zona Oeste

Fachada e materiais da Arena do Futuro - como estruturas elétrica, sanitária e divisórias - serão usados nas obras; desmonte e construção vão durar 15 meses

Por Da Redação
23 mar 2022, 14h41
Arena do futuro
Arena do futuro: fachada, feita de um material sintético com uma liga metálica, será retirada e destinada às quatro instituições de ensino da Zona Oeste. Leia mais em: https://beta-develop.vejario.abril.com.br/?p=308499&preview=true (Beth Santos/Prefeitura do Rio de Janeiro/Divulgação)
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A prefeitura do Rio começou nesta terça (22) a desmontagem da Arena do Futuro, que recebeu os jogos de handebol nos Jogos Olímpicos de 2016. Boa parte do material será usada para erguer quatro escolas, em uma transformação prevista desde o começo das obras de construção da arena. O processo deve durar 15 meses, de acordo com o cronograma da prefeitura. O valor das obras é estimado em 36,1 milhões de reais, e o reaproveitamento promete gerar uma economia de cerca de 15% a 20% nos valores da construção dos prédios.

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“O principal elemento da construção que será usado nas escolas será a fachada, que é toda modulada, e vai para as escolas”, disse o secretário municipal de Infraestrutura, Jorge Arraes, ao G1.

Na primeira fase de desmonte da Arena, a de retirada de materiais que podem ser reaproveitados, a fachada – feita de um material sintético com uma liga metálica – será retirada e destinada às quatro instituições de ensino. São elas a Escola Municipal Professora Mariza Vargas Menezes, em Rio das Pedras; Escola Municipal José Mauro de Vasconcellos, em Bangu; Escola Municipal Emiliano Galdino, em Santa Cruz; e Escola Municipal Nelcy Noronha, em Campo Grande. Apenas a Mariza Vargas Menezes terá a estrutura atual preservada. Lá, uma nova construção será erguida em um terreno ao lado. Nas demais, os prédios atuais serão demolidos, dando espaço para novas construções, levantadas com o material vindo da Arena do Futuro.

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Outros elementos da construção serão usados nas construções: instalações sanitárias, como vasos e pias, elétricas e divisórias de alvenaria, que serão usadas nas salas. Itens como aparelhos de ar-condicionado, tubulações e elevadores também serão retirados e reaproveitados em futuras obras da prefeitura. O resto do material será desmontado para descarte. Uma nova licitação, que está em processo de aprovação pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), será realizada para esta etapa. “O restante é material bruto. E este material será desmontado de maneira não cuidadosa, pois não precisa aproveitar, retirando o que sobrar de concreto e a estrutura metálica”, explicou Arraes. Depois de tudo, mais uma licitação será realizada para a dar destino ao aço que for retirado das instalações da arena.

As quatro escolas que receberão o material vindo da Arena do Futuro reúnem cerca de mil alunos – número que pode aumentar, de acordo com a capacidade de expansão e transformação em regime de ensino integral. A expectativa é que pelo menos dois mil estudantes sejam beneficiados. As três escolas que terão as estruturas reconstruídas contam com um trabalho de realocação dos alunos desde o fim do ano passado. Eles estão, provisoriamente, sendo transferidos para instituições maiores e próximas.

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A construção das escolas em pontos da Zona Oeste do Rio foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) como um importante legado olímpico — um conjunto de estruturas que ficariam disponíveis para a cidade após os Jogos de 2016. Em julho, sete anos após a Rio 2016, a prefeitura informou que as escolas ficariam prontas em 2023.

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