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Meia hora basta

Academias apostam em programas de treinamento curtos, perfeitos para quem não tem tempo a perder mas quer garantir a boa forma

Por Alessandra Medina
Atualizado em 5 jun 2017, 14h44 - Publicado em 9 dez 2011, 20h16
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saude.jpg (Redação Veja rio/)
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A velha desculpa da falta de tempo não cola mais. Mania nos Estados Unidos, a ginástica expressa, aquela baseada em aulas mais curtas, acaba de desembarcar no Rio, bem a tempo de atrair os cariocas que querem se livrar do estilo de vida sedentário às vésperas da temporada de verão. De olho nesse público, todas as grandes academias da cidade oferecem pelo menos uma atividade no formato compacto, com treinos de trinta minutos de duração, e não uma hora, como é mais comum. ?O objetivo é conquistar quem não tem o hábito de malhar e usa sempre a agenda apertada como desculpa?, diz Eduardo Netto, diretor técnico da rede Bodytech. ?Mesmo mais curtos, os programas mantêm um bom leque de benefícios, como o aumento da flexibilidade e da massa muscular, a diminuição de gordura e a prevenção de doenças cardíacas.?

O conceito por trás da empreitada é simples: a curta duração dos treinos é compensada pelo aumento na intensidade e por exercícios que envolvem maior quantidade de músculos. Não à toa, as modalidades oferecidas são as que costumam trabalhar várias partes do corpo simultaneamente, como o remo indoor, feito em um simulador, o pilates e a hidroginástica com bastão. Nos três casos, exercitam-se tanto os membros inferiores como os superiores. Outro fator decisivo é a frequência, que não pode ser inferior a três vezes por semana. Desenvolvidas a princípio para cativar iniciantes, as atividades já começam a atrair gente que demonstrava muita resistência à malhação. ?Como o tempo é reduzido, o exercício não fica maçante?, conta Renata Rodrigues, professora da Companhia Athletica. ?Mas não pense que é um programa de faz de conta. Não existe quase intervalo entre as séries e o aluno se mantém em movimento o tempo todo.?

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Embora pareça apenas uma estratégia de marketing para atrair os mais preguiçosos, a ideia de delimitar as aulas em períodos de trinta minutos baseia-se em estudos científicos. Ela segue os parâmetros estabelecidos pelas autoridades americanas na luta contra a obesidade. As diretrizes de lá preveem que 150 horas semanais (ou, divididas em cinco dias, trinta minutos diários) de exercícios são suficientes para romper o ciclo de sedentarismo e manter a boa forma. Uma pesquisa recém-divulgada nos Estados Unidos mostra ainda que quem adere ao programa da meia hora dorme melhor, tem mais disposição durante o dia e sofre menos problemas de depressão. ?Está comprovado que há uma melhora quase imediata nos sistemas cardiovascular e respiratório?, ressalta Tuninho Pacheco, professor do Espaço Stella Torreão. ?Agora, para uma pessoa que tem muita gordura, é necessário adotar também mudanças na alimentação?, diz. Esperava o quê? Malhar pouco, comer muito e ficar com o corpo esbelto? Só pedindo para o Papai Noel.

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