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O funk das celebridades

Sucesso entre famosos, o Baile da Favorita completa um ano e inicia turnê por outras cidades brasileiras

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 jun 2017, 14h27 - Publicado em 25 jul 2012, 16h38
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noite-01.jpg (Redação Veja rio/)
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Caixas de som capazes de fazer o chão tremer, funks cariocas que fizeram sucesso há mais de dez anos e patricinhas de paetês requebrando até o chão. Acrescente aos três ingredientes principais uma lista de convidados com artistas, políticos, atletas e misture bem. O resultado é o Baile da Favorita, que na última edição, na sexta-feira 13, atraiu cerca de 2?300 pessoas à quadra da Acadêmicos da Rocinha. A ex-modelo Suzana Werner era uma das mais animadas. No meio da multidão, dançou durante toda a noite ao lado da assistente do Caldeirão do Huck Dani Bananinha. Já as atrizes Fernanda Paes Leme e Camila Rodrigues preferiram ensaiar coreografias dentro do camarote vip, que possui uma conexão direta com o palco principal. A ligação estratégica permite que os famosos façam o seu próprio showzinho. Bruno Gissoni, o Iran da novela Avenida Brasil, foi um dos que arriscaram alguns passinhos na frente do público. Bem perto da turma de Cabralzinho, filho do governador Sérgio Cabral, o ex-lutador e atual deputado federal pela Bahia Popó também assistia à apresentação dos DJs, MCs e dançarinas. “Sempre gostei do ritmo, mas nunca tinha ido a uma festa típica, na favela mesmo. Já estive aqui mais de dez vezes e adoro. Danço até me acabar”, disse a animada Camila.

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Além da trilha sonora, a escolha do local foi fundamental para consagrar o Baile da Favorita como uma das festas mais disputadas da cidade. De fácil acesso, tanto para quem vem da Barra quanto para quem sai da Zona Sul, a quadra da Acadêmicos da Rocinha está localizada na Estrada da Gávea, a mesma do shopping Fashion Mall. Para chegar lá, portanto, ninguém precisa passar por becos escuros e vielas desconhecidas. Foi esse um dos motivos que incentivaram a atriz Debora Nascimento a convidar os amigos para celebrar seus 27 anos, no mês passado. A colega Thaila Ayala, o judoca Flávio Canto e a namorada, Fiorella Mattheis, o casal global Sophie Charlotte e Malvino Salvador fizeram questão de prestigiar a amiga. Foi a deixa para que a turma aproveitasse para pular ao som dos funks que ouviu, pela primeira vez, ainda na fase adolescente. Com média de 25 a 30 anos, a maior parte do público-alvo começou a frequentar boates na época em que os MCs faziam sucesso. Mais de uma década depois, eles têm a chance de ver novamente seus ídolos no palco. É o que justifica todo o saudosismo com as atrações que se apresentam e o sucesso dos pancadões. A maioria, graças a Deus, não toca mais nas rádios, mas é cantada de cor e salteado pela plateia. “É um estilo de música que faz parte da cultura de uma geração. Eu mesma cresci ao som de Marcinho, Sapão, Buchecha”, afirma Carol Sampaio, promoter e produtora do evento.

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Cópia fiel de um baile funk da favela, a Favorita está longe de ser uma atração popular. Quem não consta da lista vip precisa fazer um certo investimento de capital. Só a entrada custa 200 reais. Para ocupar um camarote é preciso desembolsar mais 800 reais de consumação (os famosos, é claro, têm acesso liberado à festa e à área nobre). No bar, os preços também não são camaradas. Uma garrafa da vodca custa 450 reais, enquanto o champanhe sai um pouquinho mais barato: 400. Ainda assim, o lugar bomba, corroborando a atual fórmula de sucesso da noite carioca. Em vez de frequentar boates com DJs residentes, o público faz fila na porta de festas periódicas e temáticas. A trajetória do evento comandado pela funkeira Carol Sampaio lembra até a do Bailinho, criado pelo DJ Rodrigo Penna, que por anos atraiu famosos e bem-nascidos ao som de música brasileira, chegando a ganhar edições fora do Rio. Agora, é a vez do batidão experimentar uma retomada. Sucesso por aqui, a Favorita já tem data para estrear em cinco cidades brasileiras e negocia uma turnê pela Europa. É bom eles começarem a ensaiar o refrão mais famoso da noitada: “É som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado”. Demorô.

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