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A cores: Beatriz Milhazes é Carioca do Ano na arte

Com obras vendidas por valores recorde e presença nas principais instituições culturais do planeta, a expoente da Geração 80 ganhou uma monumental mostra no rio

Por Kamille Viola
19 dez 2025, 07h21 •
beatriz milhazes credito dani dacorso.tif
Beatriz Milhazes: aproveitando ao máximo (dani dacorso/Divulgação)
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  • Em 2001, o Guggenheim de Nova York adquiriu cinco telas de Beatriz Milhazes. Foram 24 anos de espera até que, em março deste ano, o centro cultural, posto de pé com o inconfundível traço de Frank Lloyd Wright (1867-1959), inaugurou a individual Rigor e Beleza, finalmente com suas obras nas disputadas paredes. Ela conta que ficou surpresa com o convite. “É inacreditável como as coisas podem levar um tempo enorme. Até brinquei dizendo ‘ainda estou aqui’ para celebrar”, diverte-se. “Vejo como uma excelente abertura para toda a arte brasileira”, acrescenta.

    Em setembro, foi a vez da primeira exibição no Rio em doze anos: Pinturas Nômades, na Casa Roberto Marinho, com reproduções de dezessete intervenções arquitetônicas nunca antes vistas na cidade onde nasceu e mora há 65 anos. Algumas delas estão permanentemente expostas em locais que não são espaços formais de arte, como a Ilha de Inujima, no Japão, e o Hospital Presbiteriano de Nova York. “Levar arte a ambientes onde as pessoas não necessariamente estão esperando esbarrar com ela foi algo que, desde o primeiro projeto, me fascinou”, conta a artista. “Tenho recebido cartas deixadas no hospital por gente que diz que minha obra ajudou a lidar com uma situação difícil de forma mais leve”, orgulha-se.

    O reconhecimento internacional — inclusive financeiro, já que suas obras estão entre as mais valorizadas de artistas brasileiros contemporâneos — coroa um dos nomes mais emblemáticos da versátil e inovadora Geração 80. Ela é multitarefas: pintora, gravurista, escultora, colagista e ilustradora voltada para a cultura popular e a exuberante natureza brasileira, inspiração para a explosão de cores e formas tão características de seu trabalho. No fim da década de 1980, criou o monotransfer, técnica divisora de águas em que pinta folhas de plástico ou acetato e, depois, transfere as diversas camadas para a tela.

    Sua carreira fora do Brasil inclui duas participações na Bienal de Veneza, a última em 2024, e obras nos acervos de uma miríade de bons museus: o MoMA, em Nova York, o Museu de Arte Contemporânea de Tóquio, o madrilenho Reina Sofía e o Pompidou, em Paris. Em novembro, foi inaugurada sua mostra Além do Horizonte, na galeria White Cube, em Londres. Mas no Rio o frio na barriga ao dar a partida a uma exposição é sempre maior. “Tenho ido tanto à Casa Roberto Marinho que acho que mereço um crachá. Estou aproveitando ao máximo”, brinca. Uma trajetória monumental.

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    CARIOCAS DO ANO 2025 é uma realização de VEJA RIO com patrocínio de Light e Alerj, apoio institucional do Governo do Estado do Rio de Janeiro e parceria de Salton e Castas Importadora.

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