Bernardinho assume possível candidatura ao governo em 2018

Ciente dos riscos de assumir uma administração estadual falida, o atual técnico do Sesc Rio confessa: "Alguém tem que pegar essa bomba, né?"

Por Agência Estado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 nov 2017, 16h24
 (Marcelo Correa/Divulgação)
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Nome mais conhecido do partido Novo, o técnico de vôlei, economista e empresário Bernardinho pediu prazo até abril do ano que vem para decidir se aceita o convite para concorrer ao governo do Rio. Compromissos profissionais e a resistência da família são os fatores que mais pesam na decisão.

O mau momento vivido pelo Estado, que sofre com uma crise financeira sem precedentes, aumento da violência e o corporativismo a classe política, no entanto, não é empecilho para o multicampeão mundial e olímpico. “Alguém tem que pegar essa bomba, né?”, disse Bernardinho ao ser questionado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” sobre os riscos de assumir uma administração estadual falida.

Ele admite que o desafio é grande e talvez insuperável, mas acredita que a solução dos problemas do Rio passa pela escolha de um governante que tenha credibilidade. “Certamente tenho muito receio pelo desafio que talvez eu não consiga dar conta. O descrédito dos governantes é geral. Agora, com uma agenda positiva, alguém que gere previsibilidade… pode mudar”, disse.

Ele disse ter ficado decepcionado com a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de mandar soltar o deputado Jorge Piciani (PMDB) – e outros dois parlamentares estaduais – e admitiu não ser o mais preparado para atuar no ambiente político.

“Não sou realmente a pessoa mais preparada. Não quero criminalizar porque não sou eu que julgo as pessoas, mas se é difícil negociar, trabalhar, é importante que você tenha a sua linha de conduta.”

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O ex-atleta foi a figura mais aclamada durante o Encontro Nacional do Novo realizado anteontem, em São Paulo. A reunião da sigla lançou a pré-candidatura do ex-banqueiro João Amoêdo à Presidência.

A candidatura de Bernardinho é fundamental na estratégia do Novo de lançar nomes ao governo em pelo menos cinco Estados para alavancar a campanha nacional e tornar a legenda, criada em 2015, mais conhecida.

“Tem duas questões. Compromissos e família. Tem algumas questões como segurança etc. que nos preocupam muito. Tenho filhas pequenas e compromissos ainda não cumpridos, tem alguma pressão das empresas. Até abril, quando terminar meu compromisso, vou tomar a decisão”, afirmou. Os compromissos, segundo assessores do Novo, são contratos com os patrocinadores do seu time, o Sesc Rio.

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