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Black Friday: Procon-RJ apura preços para consumidor não cair em desconto fake

Além de tabela a ser atualizada nesta sexta (25), órgão fez cartilha para que ninguém compre 'pela metade do dobro'. Veja como evitar falsas promoções

Por Paula Autran
Atualizado em 25 nov 2021, 14h16 - Publicado em 25 nov 2021, 11h03
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Guerra à propaganda enganosa: Procon-RJ faz monitoramento para que consumidores não comprem "tudo pela metade do dobro" nesta Black Friday (./Agência Brasil)
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Empenhado em ajudar os consumidores a não caírem no golpe do desconto fake nesta Black Friday, o setor de fiscalização Procon Estadual do Rio de Janeiro (Procon-RJ) está monitorando os preços de produtos que são muito procurados, como celulares e eletrodomésticos, em oito grandes sites varejistas. Para verificar se está havendo maquiagem de preços, os fiscais iniciaram o trabalho apurando os valores cobrados por 654 itens, entre os dias entre os dias 25 de outubro e 18 de novembro. Eles estão disponíveis em uma tabela divulgada pelo órgão nesta quarta-feira (24). Nesta sexta (26), dia da promoção mundial, os funcionários do Procon-RJ fazem nova consulta aos sites para comparar os preços de antes e depois, a fim de assegurar que ninguém esteja fazendo propaganda enganosa.

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“Caso contrário, a empresa deverá ser penalizada por isso. Teremos duas equipes nas lojas físicas e duas equipes monitorando as vendas pela internet na nossa sede. Também vamos receber denúncias por WhatsApp (pelo número 99551-6007). Elas serão apuradas em tempo real”, avisa o presidente do Procon-RJ, Cassio Coelho. Segundo ele, os consumidores relatam que as empresas aumentam os preços dos produtos antes da Black Friday e depois voltam ao preço original para dizer que o item está em promoção. “O Procon-RJ está de olho neste tipo de prática abusiva, e o monitoramento está sendo realizado para constatar se estas irregularidades serão cometidas. Se identificarmos indícios desta prática, serão instaurados processos administrativos, e os estabelecimentos poderão ser multados“, acrescenta Coelho.

A tabela que está no ar no site do Procon-RJ já pode orientar os consumidores antes da compra. Lá estão valores de pelo menos 80 produtos em cada site. São celulares, fogões, geladeiras, vídeo games, televisões, notebooks, aspiradores de pó, lavadoras de roupa, smart speakers, micro-ondas e fritadeiras elétricas. A relação especifica produtos por marcas e modelos. Nela podem ser constatadas diferenças de até 1.444 reais, num Smartphone Samsung Galaxy Note 20 que em outubro custava 5.423 reais e em novembro baixou para 3978,70 reais, na Americanas.com. Na mesma loja virtual, no entanto, também foi registrada uma alta de 60 reais em outro produto no mesmo período: o aspirador de pó robô Mondial passou de 399,99 reais para 459,99 reais.

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Nesta semana, o Procon-RJ lançou também uma cartilha com orientações para os consumidores não comprarem “tudo pela metade do dobro”. As dicas podem ser baixadas gratuitamente.

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A cartilha esclarece, por exemplo, que, as lojas físicas não são obrigadas a trocar produtos comprados na Black Friday, a menos que eles apresentem vícios ou defeitos. Já nas compras feitas pela internet ou fora do estabelecimento comercial, está previsto por lei o direito de arrependimento. Ao exercer esse direito, o consumidor deve receber de volta todos os valores eventualmente pagos, corrigidos monetariamente. Até mesmo os valores de frete devem ser restituídos.

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A segurança no comércio eletrônico também é destacada na cartilha: ao entrar no site, a pessoa deve conferir na barra do navegador se o endereço eletrônico usa o protocolo HTTPS e se é exibido um ícone em forma de cadeado fechado. Isso indica que o site é seguro e tem certificado digital.

Sites com preços muito abaixo do mercado, por exemplo, precisam de atenção redobrada. O consumidor deve desconfiar desse tipo de e-commerce. Caso deseje comprar em um site desconhecido, antes de fechar o negócio, consulte a lista de sites não recomendados do Procon-RJ .

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Outra orientação é ver o que os clientes estão falando nas redes sociais e consultar a reputação do fornecedor nos sites especializados, como o “Reclame Aqui” ou o “E-bit”. O Procon-RJ tem também um manual de prevenção à fraude virtual, com orientações para que os consumidores não sejam vítimas de golpes praticados on-line.

 

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