Crivella: ex-prefeito pode ir da cadeia para a embaixada da África do Sul

Convite foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro e ainda depende do aval do governo daquele país

Por Da Redação
8 jun 2021, 11h39
a imagem mostra Jair Bolsonaro e Marcelo Crivella
air Bolsonaro e Marcelo Crivella: Presidente indicou ex-prefeito para embaixada na África do Sul; confirmação depende de aval do governo daquele país (Instagram/Reprodução)
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Já está nas mãos do governo da África do Sul a indicação de Jair Bolsonaro para que o ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella, assuma a embaixada daquele país, considerado estratégico para a política externa brasileira. Crivella foi preso às vésperas do Natal de 2020, acusado de participar de um esquema de corrupção que acontecia dentro da prefeitura.  Ele chegou a passar uma noite no presídio, mas foi autorizado a cumprir prisão domiciliar no dia seguinte.

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O nome do ex-prefeito e pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus ainda depende do aval do governo sul-africano (o “agrément”) para ocupar o cargo, atualmente é ocupado por Sergio Danese – ele assumiu o posto há cinco meses, e seria deslocado para dar lugar a Crivella. O ex-prefeito é aliado político de Bolsonaro, que o apoiou nas últimas eleições municipais, quando ele tentou se reeleger, mas acabou derrotado por Eduardo Paes.

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A notícia da indicação de Crivella ao posto de embaixador na África do Sul – onde ele já viveu e fez um trabalho de evangelização, nos anos 90 – caiu com uma bomba no meio diplomático. A avaliação é que o político possa ter como objetivo representar mais a Igreja Universal do que o Estado Brasileiro naquele país.

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Pastores da IURD foram expulsos de Angola, e também acusados de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa na África do Sul; Edir Macedo (tio de Crivella e fundador da Igreja), sinalizou seu descontentamento com o que considerou falta de apoio do Itamaraty à Instituição.

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Ele ameaçou romper com Bolsonaro, que estaria indicando o ex-prefeito à embaixada com forma de prestigiar a Igreja Universal do Reino de Deus no continente africano e também fazer um afago no Bispo, cujo apoio é considerado essencial nas suas pretensões de se reeleger presidente em 2022.

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