Como Bruno Henrique, do Flamengo, entrou na mira da PF por esquema de bets

Atacante teria forçado uma falta para cartão no jogo contra o Santos, há 1 ano; família do jogador apostou que ele levaria amarelo — ele acabou expulso

Por Da Redação
5 nov 2024, 13h49
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Bruno Henrique: apesar das investigações, Flamengo não vai afastar o jogador e conta com ele não só para o 2º jogo da final da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro, no domingo (10), mas também para a partida contra o Cruzeiro, nesta quarta (6).  (Twitter Brasileirão/Reprodução)
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O jogador Bruno Henrique, atacante do Flamengo, é alvo da Operação Spot-fixing, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) nesta terça (5), com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ). Segundo as investigações, o atleta forçou uma falta para cartão no jogo contra o Santos, válido pelo Brasileirão, em novembro do ano passado, para supostamente favorecer parentes no mercado de apostas. Ele recebeu um amarelo, aos 50 minutos do segundo tempo, e acabou expulso na sequência, por ter reclamado de forma ríspida com o árbitro. O Flamengo perdeu o jogo por 2 a 1.

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Agentes da PF saíram para cumprir 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). Também são alvos o irmão de Bruno Henrique, a cunhada e dois amigos, todos mineiros, como o atacante, que mora no Rio. Entre os endereços visados aqui estão a casa dele, na Barra; o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em Vargem Grande; e a sede do clube, na Gávea. Bruno foi acordado pelos agentes em casa, teve aparelhos eletrônicos e documentos apreendidos, e na sequência foi treinar normalmente. O Flamengo decidiu não afastá-lo e garantiu que dará “total suporte” ao atacante. O clube conta com ele não só para o 2º jogo da final da Copa do Brasil, contra o Atlético Mineiro, no domingo (10), mas também para a partida contra o Cruzeiro, nesta quarta (6).

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“Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de 2 a 6 anos de reclusão”, informou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (Ibia) e Sportradar, que fazem análise de risco, houve apostas sobre cartões em um volume acima do normal para aquele Flamengo x Santos. No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às bets, por intermédio dos representantes legais indicados pelo Ministério da Fazenda , apontaram que parentes de Bruno Henrique apostaram que ele tomaria um cartão amarelo — o que de fato aconteceu. A assessoria de imprensa de Bruno Henrique informou que “por enquanto não vai se manifestar” sobre a operação da PF.

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