Curto e charmoso

Adeptas do cabelo longo, liso e clareado nas pontas, as cariocas se rendem a cortes mais radicais

Por Melissa Jannuzzi
Atualizado em 5 jun 2017, 13h54 - Publicado em 31 jul 2013, 21h26
Fernando Lemos
Fernando Lemos (Redação Veja rio/)
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Cortar ou não o cabelo mais curto, eis aí uma questão que atormenta a vida de milhares de mulheres. Para as cariocas, adeptas dos fios longos, escorridos e com as pontas levemente douradas, sinônimo de um desleixo praiano milimetricamente pensado, esta é uma dúvida ainda mais cruel. A praticidade vale o preço de parecer mais velha? Neste inverno, há mais gente achando que sim. Influenciadas por celebridades internacionais, a exemplo das modelos Karlie Kloss e Arizona Muse, e atrizes como Sophie Charlotte, Vanessa Giácomo e Leticia Sabatella, todas no ar em tramas globais, as garotas do Rio começam, enfim, a se render a tesouradas mais radicais. Só nos últimos três meses, na rede de salões Werner, com 28 endereços na cidade, os pedidos aumentaram em 40%. “Cultivava esse desejo fazia tempo, uma década pelo menos, mas faltava coragem. Fui cortando aos poucos para me acostumar e acabei amando o resultado. Acho que fiquei com o aspecto bem mais moderninho”, diz a consultora de moda Juliana Burlamaqui, que também optou por uma franjinha desfiada.

Robert Shwenck (Sophie), Renato Rocha Miranda (Leticia), Alex Carvalho/rede globo (Vanessa)
Robert Shwenck (Sophie), Renato Rocha Miranda (Leticia), Alex Carvalho/rede globo (Vanessa) ()

Diferentemente de um clássico chanel, o corte que está em alta por aqui tem uma série de particularidades: deve ser desalinhado, com as madeixas repicadas em diferentes alturas, e ter o comprimento um pouquinho mais longo, entre o maxilar e o ombro. “Isso cria movimento e dá um ar meio bagunçado. É justamente por isso que está fazendo tanto sucesso”, acredita o hair stylist Tiago Parente, responsável pelo look da atriz Carol Castro na novela das 9 Amor à Vida. Outro ponto importante a favor do visual mais curto é que ele fica bem com qualquer tipo de cabelo, seja liso, cacheado ou ondulado. “E, ao contrário do que se imagina, deixa a mulher até dez anos mais jovem”, acrescenta Rudi Werner. Embora pareça prático quando comparado à opção mais longa, o corte exige diversos cuidados. A cada dois meses, é preciso voltar ao salão de beleza. Além disso, como fica impossível recorrer a trança, coque ou rabo de cavalo, os fios devem estar sempre bem hidratados. “Para dar um toque mais contemporâneo, basta amassar as pontas com as mãos usando musse ou gel finalizador, evitando a escova e o secador”, recomenda Parente. Tão celebrada pelas cariocas, a ditadura das chapinhas finalmente começa a enfrentar oposição.

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