Soltinho: Cabral vai a bar no Centro e recusa drinque chamado ‘mamata’
Foi na Casa Porto. Donos deram banho de sal grosso no local após a visita do ex-governador: 'utilizamos o humor como ferramenta de formação política'
Solto após seis anos de prisão, o ex-governador Sérgio Cabral não quis saber de “Mamata” ao visitar a Casa Porto, no Largo da Prainha, no último sábado (17). Acompanhado de amigos e namorada, Carol Passos, ele comeu feijoada e tomou quatro caipirinhas de limão com caju. Mas se recusou a beber um drinque especial e famoso no cardápio do bar: a “Mamata”, por lá, é uma batidinha de maracujá com gengibre.
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O nome é uma referência aos escândalos de corrupção que envolvem políticos do Rio. “Fizemos questão de oferecer a ‘Mamata’ para ele, mas ele recusou”, contou Raphael Vidal, proprietário da Casa Porto, à Folha de São Paulo. No neste domingo (18), os donos do estabelecimento compartilharam um vídeo nas redes sociais no qual fazem um banho de descarrego nas escadas do lugar. “Xô uruca! Saravá!”, diz a publicação. No vídeo, as escadas são lavadas com sal grosso. “Pode subir as escadas tranquilo, diretor, que nós já realizamos o proceder correto pra tirar as energias negativas! O carvão do copo d’água chega afundou, parceiro. Mas nossa banda tá fortalecida, e não tem nada que um bom banho de sal grosso e afeto não curem”, diz a legenda da publicação.
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Segundo Vidal, antes de chegar, um amigo de Cabral pediu “uma mesa reservada, afastada, escondida”. Mas, como o estabelecimento não faz reservas no final de semana, o amigo precisou aguardar uma mesa na fila. Cabral chegou após meia hora.”Três mesas levantaram e foram embora. Uma outra mesa, que tinha uma professora, ficou bem irritada, chateada e veio reclamar com a gente”, disse ele. “Somos um botequim debochado. A gente sempre se posicionou politicamente. Então, fizemos questão de fazer a nossa brincadeira, a nossa sacanagem, o nosso deboche. Porque, além de tudo, somos cariocas”, explica o dono do bar, Raphael Vidal. “Somos um lugar democrático, mas utilizamos o humor como ferramenta de formação política”.