O que se sabe sobre carioca que foi trabalhar na Bélgica e desapareceu
Larissa Hellen da Silva, de 28 anos, foi para a Europa trabalhar como garota de programa e não faz contato desde quinta (11)
A Polícia Civil investiga o desaparecimento da carioca Larissa Hellen da Silva, de 28 anos, que viajou à Bélgica para trabalhar como garota de programa. Moradora de Paciência, na Zona Oeste, a jovem, que já fazia programas em Mato Grosso e em Minas Gerais, embarcou rumo a Bruxelas no dia 1º de setembro e desde a última quinta (11), quando pediu que uma prima fosse buscá-la, não faz mais contato com a família.
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Larissa decidiu ir para a Europa depois de ouvir relatos de uma amiga. “Ela disse que a menina estava com dois carros na garagem já”, contou Luciana, mãe da jovem, à TV Globo. Ela embarcou em um voo para São Paulo, partindo do Galeão, que teria como destino final a capital da Bélgica após parada em Londres.
Segundo a mãe, Larissa estava ficando em apartamentos alugados, com outras meninas, mas não tinha endereço fixo. “Sempre tem que ficar correndo da polícia, porque elas são (imigrantes) ilegais”, disse a mãe. Segundo parentes, Larissa falava com vários membros da família diariamente. Ela relatava dificuldades financeiras e dizia que estava até passando fome e sede. Até que, um dia, as ligações deixaram de ser atendidas e as mensagens começaram a ficar sem resposta. Na quinta (11), a jovem fez uma rápida ligação para uma prima pedindo que ela fosse buscá-la.
Depois disso, a família não conseguiu mais falar com Larissa. Mas uma outra brasileira, identificada apenas como Lara, respondia mensagens pelo celular da garota. Os familiares chegaram a enviar R$ 570 (o equivalente a 90 euros) para supostamente ajudá-la a voltar. O valor foi solicitado pela mulher, que teria chamado a carioca para trabalhar no exterior. “A suposta amiga que a levou passou a pedir dinheiro para comprar a passagem de volta. Desconfiamos e decidimos nós mesmos comprar. Ainda assim, ela insistiu que precisávamos enviar dinheiro para pagar o transporte até o aeroporto”, explicou a prima ao jornal O Dia. Ela pediu que a família não ligasse mais para Larissa e disse que teria deixado a garota no aeroporto. “Mas ela não mandou nenhuma foto nem nada para a gente”, disse Marília Gabriela, a prima. Segundo a jovem, a Polícia Federal conseguiu verificar que sua prima não embarcou para o Brasil. Lara então chegou a dizer que viu Larissa fazendo o check in e que tinha solicitado imagens das câmeras de segurança do aeroporto e feito um registro policial
Ainda segundo os parentes, a suposta amiga alegou que Larissa estava apresentando problemas psicológicos e que por isso a levaria ao aeroporto. A família teme que Larissa tenha sido vítima de uma rede criminosa e esteja sendo mantida em cárcere privado. O desaparecimento foi registrado na 35ª DP (Campo Grande) e encaminhado à Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA), que dá prosseguimento às investigações. Diligências estão em andamento para localizá-la.
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Em nota, o Itamaraty informou que o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Bruxelas, presta assistência consular aos familiares da brasileira. “Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não divulga informações pessoais de cidadãos que requisitam serviços consulares e tampouco fornece detalhes sobre a assistência prestada a brasileiros”, diz o comunicado.