Carnaval 2021: desfiles podem acontecer entre maio e julho, junto com SP

Em reunião na Liesa, escolas avançam na ideia da realização da festa na Sapucaí, caso haja vacina; 'operação casada' com São Paulo é uma das possibilidades

Por Cleo Guimarães
10 nov 2020, 12h43
Será?: desfiles na Sapucaí em 2021 ainda são uma incerteza, mas ideia de realizar a festa no início de julho voltou a ganhar força  (Daniel Ramalho/Divulgação)
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Tudo ainda depende da vacina contra a Covid-19, mas ao fim de mais uma reunião na Liesa, na noite desta segunda (9), as escolas de samba do Rio deram um novo passo rumo à realização do carnaval fora de época em 2021. Dez de julho seria a data-limite para os desfiles. “Temos que ir planejando tudo para botar nosso projeto em prática assim que houver a imunização em massa, não podemos perder tempo”, disse a VEJA RIO o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, que é enfático: sem vacina não tem carnaval.

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Outras reuniões serão marcadas mas, segundo Castanheira, as escolas já chegaram a uma conclusão: janeiro é o prazo final para que se decida se haverá condições sanitárias e financeiras para a realização do Carnaval carioca  no início de julho, antes das Olimpíadas e fugindo da temporada de festas juninas – o que dispersaria o turismo e as atenções do público e de patrocinadores.

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A possibilidade de fazer desfiles casados com São Paulo, ambos com transmissão da Globo, também passou a ser considerada. “Se outras capitais quiserem fazer no mesmo período, pode ser interessante”, analisa Castanheira. Ele conta que “há muita coisa em estudo” e que ainda não há definição, por exemplo, sobre o formato do evento, que provavelmente não seguiria os moldes tradicionais, com o mesmo regulamento e mesma estrutura.

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Para que  a festa aconteça na data planejada, estão sendo costuradas parcerias com o governo estadual, que pode entrar com R$ 1,5 milhão para cada escola via Lei do ICMS, e com a Prefeitura (“Já estamos conversando com os principais candidatos à eleição”, diz o presidente da Liesa). O aporte financeiro da Globo, que em 2019 renovou por seis anos o contrato de transmissão dos desfiles, é considerado essencial para que a festa se pague. Por causa da pandemia e da incerteza em relação ao próximo desfile, a emissora suspendeu em 2020 o adiantamento de dois milhões de reais que costuma fazer anualmente às escolas, sempre em junho ou julho.

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