Carta ao leitor: das baleias a Bobbie Goods, em clima de férias de inverno
Edição de julho também tem altinha - modalidade 100% carioca, surgida na praia, que se democratiza no asfalto-, e mulheres na cozinha, aquecendo a gastronomia

Até agosto, o Oceano Atlântico tem dono. Ou melhor, donas. As baleias – principalmente as jubartes – fogem do frio da Antártica para se aquecer nas águas da Bahia e se reproduzir. Quem consegue flagrar uma cena dessa travessia no litoral fluminense ganha uma memória para o resto da vida. Em 37 anos, o número de cetáceos avistados por aqui subiu 2 900%, graças à proibição do abate, determinada em 1986, e o consequente aumento populacional. Há três anos empresas começaram a oferecer passeios náuticos para avistar os bichões, criando um novo filão no turismo de inverno do Rio.
Mas é preciso tomar cuidado, já que as espécies podem pesar até 100 toneladas e é mandatório manter uma distância segura. Neste ano, a Marinha, o ICMBio e a Polícia Federal intensificaram a fiscalização para evitar possíveis acidentes, como mostra a reportagem de capa desta semana, assinada por Paula Autran.
Tem mais: no clima das férias escolares, os livros de colorir Bobbie Goods são um fenômeno entre os pequenos e um alívio para os pais, já que as páginas mantêm os miúdos longe das telas. Na TV, a série Os Ímpares oferece aos jovens a oportunidade de resgatar pérolas da música. A altinha, modalidade 100% carioca, surgida na praia, se democratiza no asfalto. E, na seara gastronômica, chefs mulheres da nova geração fazem bonito nas cozinhas e refletem sobre os desafios e os tabus que ainda precisam superar na profissão. São vários, mas elas têm disposição de sobra. Boa leitura!