Caso Marielle: PF não encontra conversas entre vereadora e Rivaldo Barbosa
Delegado foi apontado pelo ex-policial Ronnie Lessa como um dos mentores do crime

O delegado Rivaldo Barbosa, apontado como um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), não teve encontradas em seu celular conversas com a vereadora morta em 2018, segundo as investigações, em ato tramado também pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão.
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A defesa de Rivaldo havia solicitado a apresentação dos diálogos, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia determinado que a conversa fosse apresentada. Os advogados de Rivaldo também haviam solicitado a apresentação de suas conversas com o general Richard Nunes, que comandou a Secretaria de Segurança Pública do Rio na época do crime, e com os delegados Giniton Lages e Daniel Rosa, que atuaram na investigação do assassinato, além de Brenno Carnevale.
A Polícia Federal afirmou a Alexandre Moraes em ofício, nesta quarta (12), que não encontrou diálogos com nenhumas dessas pessoas nos celulares apreendidos com Rivaldo e com sua esposa, Érika Araújo.
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A defesa de Rivaldo diz que a extração dos dados informados pela PF é de período posterior à morte de Marielle Franco, e da atuação do acusado como chefe de polícia. Rivaldo foi apontado pelo ex-policial Ronnie Lessa, que assumiu a autoria do crime, como um dos mentores. Lessa afirmou, na delação premiada, que o delegado teria dado garantias aos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão de que a investigação não chegaria neles.