Palco de manifestações culturais no Centro, Buraco do Lume pode sumir
Empresa pretende erguer um prédio residencial de 20 andares e 550 apartamentos no local, e o assunto gera disputa entre deputados e vereadores
Uma empresa do ramo imobiliário pretende erguer um prédio residencial de 20 andares e 550 apartamentos no Buraco do Lume, área do Centro do Rio que é palco histórico de manifestações políticas e culturais. A Sal Participação e Administração de Bens se vale de um pedido de licença protocolado há pouco mais de dois anos, mas o processo de autorização não deverá ser fácil.
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A área privada de 2.517 metros quadrados, vizinha à Praça Mário Lago, no Castelo, foi destombada no último dia de sessão na Assembleia Legislativa de 2022. O projeto de lei foi apresentado pelo deputado Rodrigo Amorim (PTB), que ficou famoso por quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco, hoje homenageada com estátua na Praça Mário Lago, no local onde o prédio seria erguido.
Caberá ao governador Cláudio Castro a sanção ou veto do projeto, decisão que deverá ser anunciada na próxima semana. O prefeito Eduardo Paes, por sua vez, já disse que não vai autorizar qualquer projeto urbanístico no local. O questão já gera disputas também na Câmara de Vereadores.
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“Vou defender tombamento da área, seja pelo legislativo ou por iniciativa do IRPH“, disse a presidente do Comitê de Assuntos Urbanos da Câmara, Tainá de Paula, ao jornal O Globo, referindo-se ao Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, órgão municipal de proteção.
