O que estava fazendo o chefe do CV quando foi preso no Rio de Janeiro
Procurado em Mato Grosso, Boré foi surpreendido por policiais civis em Niterói enquanto tentava esconder a identidade com documentos falsos
Líder do Comando Vermelho (CV) no estado de Mato Grosso, Ederson Xavier de Lima, conhecido como Boré, de 43 anos, foi preso neste domingo (28) no Rio, durante uma tarde de lazer na Praia de Piratininga, em Niterói. Realizada pela polícia civil do Rio, a captura foi resultado de um trabalho de inteligência conduzido pelo Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC) e pela 1ª DP (Praça Mauá), em parceria com a Polícia Civil mato-grossense.
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No momento da ação, Boré estava sentado na areia ao lado de dois homens que ainda não foram identificados. À paisana, os policiais abordaram o criminoso, que estava sem camisa e usava short preto e boné vermelho. O grupo conversava de forma descontraída e consumia bebidas alcoólicas quando foi surpreendido por policiais civis à paisana, que cumpriram o mandado de prisão.
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Ao ser abordado, Ederson apresentou documentos falsos e se identificou como Victor Hugo Fernandes. A tentativa de se passar por outra pessoa não funcionou: os agentes confirmaram sua identidade e efetuaram a prisão. Além do mandado por tráfico, ele também foi autuado em flagrante pelo uso de documento falso. De acordo com a Polícia Civil, a operação faz parte da estratégia para evitar que foragidos de outros estados utilizem o Rio como esconderijo.
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O criminoso, que é natural de Cuiabá (MT), já acumulava pelo menos oito registros criminais envolvendo tráfico de drogas, receptação, extorsão e participação em organização criminosa. Em 2013, a 13ª Vara Criminal de Cuiabá emitiu um mandado de prisão para cumprimento de condenação definitiva por tráfico, após ele ser flagrado com mais de dois quilos de cocaína e pouco mais de dois quilos de maconha. A pena fixada foi de sete anos e seis meses em regime fechado, além do pagamento de 750 dias-multa. A sentença também determinava a destruição das drogas apreendidas e o confisco de bens ligados ao crime.
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Em 2019, Ederson e Alcir Batista de Oliveira Júnior foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. O caso envolvia uma quitinete em Cuiabá usada como depósito de entorpecentes, apelidada por policiais de “escritório do crime”.
Os dois bandidos foram detidos juntos dentro de um carro, transportando um tablete da mesma droga localizada no imóvel, o que demonstrava atuação conjunta na comercialização. Dentro da quitinete, que passava por reformas, os agentes encontraram mais de 20 quilos de maconha, além de objetos usados em falsificação de documentos de veículos. As investigações mostraram que Ederson e Alcir mantinham uma parceria estável, com divisão de funções e objetivo claro de abastecer o tráfico.