Um novo capítulo na história do Cine Roxy está prestes a começar

Fechado desde o ano passado, cinema de rua em Copacabana deverá reabrir as portas como uma casa de espetáculos

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 ago 2022, 13h31 - Publicado em 22 ago 2022, 13h10
A imagem mostra a fachada do cinema Roxy, com pilastras e grande letreiro
Roxy: cinema é comprado pelo empresário Alexandre Accioly em parceria com Dody Sirena (Maria Eduarda Severiano/Divulgação)
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Com as portas fechadas desde junho de 2021, o histórico imóvel do Cine Roxy, em Copacabana, ganhou previsão de reabertura para 2023. O espaço, que completa 84 anos de existência no próximo mês, foi vendido pelo Grupo Severiano Ribeiro ao empresário Alexandre Accioly – dono da rede de academias Body­tech e um dos sócios do Qualistage, casa de shows na Barra. Em parceria com Dody Sirena, empresário do cantor Roberto Carlos, Accioly anunciou a reabertura do antigo cinema de rua como uma casa de espetáculos.

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A ideia dos empresários é abrir um empreendimento nos moldes de grandes casas de espetáculos do mundo, como a famosa Moulin Rouge, em Paris, e a Le Extravagance em Buenos Aires. Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os shows terão direção de Abel Gomes e serão voltados aos turistas, com atrações que vão exaltar a música das cinco regiões brasileiras.

“O Rio de Janeiro que já teve os inesquecíveis e lendários Oba Oba, Plataforma e Scala, que foram vencidos por empreendimentos imobiliários, deixou sem nenhuma alternativa para cariocas, turistas nacionais e estrangeiros que visitam nossa cidade. Com certeza mostraremos o melhor da cultura brasileira com muito profissionalismo e respeito à nossa brasilidade”, disse Alexandre Accioly em publicação nas redes sociais.

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Inaugurado em 1938, o Roxy foi colocado à venda no ano passado pelo Grupo Severiano Ribeiro por cerca de 30 milhões de reais. Uma verdadeira joia em estilo Art Déco na esquina da Avenida Copacabana com a Rua Bolívar, o imóvel é tombado por decreto municipal desde 2003, o que impede alterações das características originais do prédio sem o aval do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro.

Na época do fechamento, o grupo proprietário alegou que o público do cinema já estava abaixo do esperado desde 2019 – situação que se agravou durante a pandemia de Covid-19, em 2020, com o fechamento dos espaços culturais, aumentando o prejuízo financeiro.

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“Em outubro de 2020, com a reabertura dos cinemas, mais uma vez, o Roxy demonstrou sua inviabilidade, agravada pela característica de ter um público predominantemente sênior. Isso fez com que recebesse, em uma semana, apenas 24 pessoas, o que corresponde a oito por sala em um dia inteiro de operação, obrigando o Grupo Severiano Ribeiro a fechar suas portas e hoje, sem condições de manter sua operação, fechar definitivamente”, disse o grupo em um pronunciamento oficial.

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