Cinema

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 16h06 - Publicado em 24 ago 2011, 21h26

PRÉ-ESTREIAS

AMOR A TODA PROVA, de Glenn Ficarra e John Requa (Crazy, Stupid, Love, EUA, 2011). Em sua nova comédia, Steve Carell (Agente 86) interpreta Cal, um sujeito careta que mantém uma vidinha besta ao lado de Emily (Julianne Moore). Casado há anos, o protagonista leva o maior susto quando descobre a infidelidade de sua mulher e, pior, que ela quer o divórcio. Sem charme nem graça, Cal terá de retomar os flertes e as paqueras (118min). Cinemark Botafogo 3, Cinemark Downtown 1, Cinépolis Lagoon 5.

ESSES AMORES, de Claude Lelouch (Ces Amours-là, França, 2010). O experiente diretor de Um Homem, Uma Mulher (1966) narra no drama a trajetória de Ilva (Audrey Dana). Nascida na primeira metade do século XX, essa mulher mostra-se à frente de seu tempo ao envolver-se com vários homens durante a II Guerra (120min). Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Botafogo 1, Estação Vivo Gávea 4.

ESTREIAS

A ALEGRIA, de Felipe Bragança e Marina Meliande (Brasil, 2010). De alegria, só o título mesmo. Devagar quase parando, o drama dirigido por dois jovens cineastas cariocas pretende ser um retrato do fim da adolescência. Os personagens, porém, entediam o espectador, sobretudo por causa dos diálogos enfadonhos, das situações mornas e das atuações nada naturais ? as pausas entre as frases chegam a ser risíveis e o elenco de novatos pouco ajuda. A protagonista é Luiza (Tainá Medina), garota de 16 anos às voltas com um primo baleado e encrencado com a polícia, a paixão por um colega de escola e os pactos típicos dessa idade. Há um bocado de fantasia na história, mas nem nesse quesito o filme consegue sair do marasmo (100min). 14 anos. Estreou em 19/8/2011. Unibanco Arteplex 3.

✪✪ LANTERNA VERDE, de Martin Campbell (Green Lantern, EUA, 2011). Adaptação da HQ homônima da DC Comics, a aventura traz mais humor do que ação e peca por efeitos visuais apenas razoáveis. Ryan Reynolds (de A Proposta e Enterrado Vivo) defende bem o papel principal. Ele interpreta Hal Jordan, arrojado piloto de testes que recebe uma missão: tornar-se um representante da Tropa dos Lanternas Verdes e, assim, zelar pela paz na Terra. Desajeitado com seus superpoderes (motivo para os melhores momentos de humor), Jordan vai, aos poucos, aprender a virar herói. Com Blake Lively e Peter Sarsgaard (114min). 10 anos. Estreou em 19/8/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 3, Cine 10 Sulacap 1, Cinemark Carioca Shopping 4, Cinespaço Boulervard 2, Iguatemi 5, Kinoplex Grande Rio 6, Kinoplex Nova América 6, Madureira Shopping 4, UCI Kinoplex NorteShopping 5, UCI New York City Center 16, Via Parque 3. Legendado: Cine Bauhaus 2, Cinemark Downtown 2, Cinesystem Recreio 2. Dublado, 3D: Bay Market 3, Box Cinemas São Gonçalo 1, Cinemark Botafogo 5, Cinemark Downtown 3, Cinemark Plaza Shopping 7, Cinesystem Bangu 1, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 5, Espaço Rio Design 1, Estação Vivo Gávea 5, Iguaçu Top 1, Iguatemi 1, Kinoplex Grande Rio 2, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 1, Kinoplex West Shopping 5, Leblon 2, Rio Sul 2, Roxy 3, UCI Kinoplex NorteShopping 10, UCI New York City Center 12, Via Parque 5. Legendado, 3D: Cinemark Botafogo 5, Cinemark Downtown 3, Cinemark Plaza Shopping 7, Cinépolis Lagoon 6, Cinesystem Bangu 1, Cinesystem Ilha Plaza 4, Cinesystem Via Brasil 5, Estação Vivo Gávea 5, Iguatemi 1, Kinoplex Nova América 7, Kinoplex Tijuca 1, Kinoplex West Shopping 5, Leblon 2, Rio Sul 2, Roxy 3, São Luiz 3, UCI Kinoplex NorteShopping 10, UCI New York City Center 12, Via Parque 5.

✪✪✪ ONDE ESTÁ A FELICIDADE?, de Carlos Alberto Riccelli (Brasil/Espanha, 2011). Na trama, Teo (Bruna Lombardi), uma chef especializada em receitas afrodisíacas de um programa de TV em São Paulo, descobre que o marido (Bruno Garcia) tem uma amante via internet. Para piorar, sua atração foi cancelada pela emissora. Na rua da amargura, ela aceita o conselho de sua maquiadora, Aura (Maria Pujalte, melhor atriz coadjuvante no Festival de Paulínia): fazer a pé o caminho de Santiago de Compostela, no norte da Espanha. Acompanhada de Zeca (Marcelo Airoldi), ex-diretor de seu programa, e de Milena (Marta Larralde), sobrinha espanhola de Aura, Teo embarca numa aventura recheada de contratempos e surpresas. Bruna mostra estar à vontade tanto à frente das câmeras quanto para criar diálogos espertos. As confusões provocadas pelo portunhol dos personagens brasileiros são o ponto alto da graça. E, aí, Marcelo Airoldi rouba as atenções. Outro grande acerto: fugir do manual de autoajuda, fórmula típica de produções americanas cuja protagonista é uma mulher descasada. Com dez minutos a menos de duração, a comédia ficaria no ponto ideal. O excesso, porém, não atrapalha o resultado. Em troca, há ritmo ágil, belas locações na Galícia, trilha sonora de colar no ouvido, cores de Almodóvar na fotografia e direção de arte e irreverência numa narrativa desbragadamente romântica. Não à toa, a fita recebeu o merecido prêmio do público no último Festival de Paulínia (110min). 12 anos. Estreou em 19/8/2011. Box Cinemas São Gonçalo 2, Cine 10 Sulacap 5, Cinemark Carioca Shopping 1, Cinemark Downtown 10, Cinemark Plaza Shopping 6, Cinépolis Lagoon 2, Cinesystem Bangu 6, Iguatemi 6, Kinoplex Fashion Mall 3, Kinoplex Leblon 1, Kinoplex Nova América 2, Madureira Shopping 1, Roxy 1, São Luiz 1, UCI Kinoplex NorteShopping 8, UCI New York City Center 1, Via Parque 1.

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✪✪ PROFESSORA SEM CLASSE, de Jake Kasdan (Bad Teacher, EUA, 2011). Elizabeth Halsey (Cameron Diaz) é a típica vigarista que quer se dar bem arranjando um marido rico. Depois de largar a profissão de professora na intenção de um bom casamento, leva um fora do noivo e, passados alguns meses, volta a trabalhar no mesmo colégio. Lá, mostra-se folgada, desbocada e carreirista. Quando conhece um colega rico (papel do cantor Justin Timberlake), decide conquistá-lo a qualquer preço. Como ele prefere mulheres de seios fartos, Elizabeth só tem um objetivo: descolar grana para implantar silicone. Na nova onda politicamente incorreta que Hollywood redescobriu, a comédia tem lá seus momentos divertidos ? menos pela esforçada presença de Cameron Diaz e mais pelas piadinhas do roteiro. Mas, aliados ao humor afiado, chegam as baixarias de praxe, além de um desfecho precipitado e aquém do restante da trama. Com Jason Segel e Lucy Punch (92min). 14 anos. Estreou em 19/8/2011. Dublado: Bay Market 1, Box Cinemas São Gonçalo 4, Cine 10 Sulacap 4, Cinemark Carioca Shopping 8, Cinépolis Lagoon 1, Cinespaço Boulevard 5, Cinesystem Bangu 4, Cinesystem Via Brasil 6, Iguatemi 3, Kinoplex Grande Rio 1, Kinoplex Nova América 1, Kinoplex West Shopping 1, Madureira Shopping 2, Via Parque 4. Legendado: Cinemark Botafogo 4, Cinemark Downtown 4, Cinesystem Ilha Plaza 2, Cinesystem Recreio 3, Cinesystem Via Brasil 6, Kinoplex Fashion Mall 2, Kinoplex Tijuca 6, Leblon 1, Rio Sul 1, UCI Kinoplex NorteShopping 2, UCI New York City Center 3.

EM CARTAZ

✪✪✪✪ ABUTRES, de Pablo Trapero (Carancho, Argentina/Chile/França/Coreia do Sul, 2010). Além de ter um argumento original e impactante, o drama argentino é capaz de deixar a plateia de olhos grudados na tela. Ricardo Darín (de O Segredo dos Seus Olhos) interpreta Sosa, advogado que teve a licença cassada e agora trabalha num escritório de quinta categoria. A especialidade dos “profissionais” de lá: forjar acidentes e, assim, fazer as vítimas lucrar na Justiça. Embora metido até o pescoço em falcatruas e conchavos, Sosa pretende abandonar a vida marginal, desejo que ganha força quando ele se encanta pela médica plantonista Luján, papel de Martina Gusman, mulher do diretor (107min). 16 anos. Estreou em 3/12/2010. Cinemark Plaza Shopping 1.

AO LADO DA PIANISTA, de Denis Dercourt (La Tourneuse de Pages, França, 2006). Ainda criança, Mélanie é reprovada num conservatório musical por se distrair com uma jurada durante uma prova de piano. O tempo passa. Adulta (e interpretada por Déborah François), ela trança os pauzinhos a fim de se aproximar da mulher responsável por sua frustração artística. A culpada seria Ariane Fouchécourt (Catherine Frot), fera do instrumento que, depois de um acidente, enfrenta uma instabilidade emocional. Nem precisa ser adivinho para perceber as segundas intenções de Mélanie. O interessante da fita entre o mistério e o drama psicológico, à moda dos suspenses do diretor Claude Chabrol, é saber como a ardilosa protagonista vai arquitetar seu plano de vingança (85min). 12 anos. Estreou em 1º/1/2008. Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Botafogo 3, Estação Vivo Gávea 1.

✪✪✪ A ÁRVORE DA VIDA, de Terrence Malick (The Tree of Life, EUA, 2011). Drama. É preciso, antes de mais nada, se deixar levar pela viagem do diretor bissexto Terrence Malick, que, em 38 anos de carreira, fez apenas cinco longas-metragens ? entre eles Além da Linha Vermelha (1998) e O Novo Mundo (2005). Aqui, o foco está numa família texana da década de 50, formada por um pai durão (Brad Pitt), uma mãe carinhosa e omissa (Jessica Chastain) e seus três filhos. Jack, o primogênito interpretado pelo expressivo Hunter McCracken, sofre mais nas garras paternas e, em determinado momento de desespero, chega até a desejar a morte dele. O filme vai e volta no tempo, sobretudo a partir das lembranças do mais velho, interpretado por Sean Penn na fase adulta, quando se tornou um executivo cheio de angústias. Malick costura esses instantâneos de vida com poucos diálogos, trilha sonora instrumental quase onipresente e retratos deslumbrantes da natureza. Não se espante: há longos momentos em que os personagens dão lugar a imagens de dinossauros, de vulcões, do cosmos, de cachoeiras… Como se fosse um imenso e pretensioso painel da criação do homem, o realizador, claro, se perde um pouco pelo caminho e deixa a desejar no quesito emoção. Vencedora da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2011, a fita, difícil e complexa, é mais para ser sentida do que compreendida. E, neste ponto, Malick tira da frente qualquer outro concorrente americano (139min). 10 anos. Estreou em 12/8/2011. Cinemark Downtown 9, Cinépolis Lagoon 3, Espaço Rio Design 2, Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Espaço 1, Estação Sesc Ipanema 1, Estação Vivo Gávea 2, Kinoplex Fashion Mall 4, Kinoplex Leblon 2, Roxy 2, São Luiz 5, UCI New York City Center 6, Unibanco Arteplex 1.

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✪✪ ASSALTO AO BANCO CENTRAL, de Marcos Paulo (Brasil, 2011). Esperava-se mais desse drama policial que tenta reproduzir o mais notório e milionário roubo a um banco no Brasil. Ocorrido em Fortaleza, em 2005, o crime foi planejado e executado por uma quadrilha de mais de trinta pessoas (reduzidas a uma dezena no longa-metragem). O saldo: quase 165 milhões de reais foram levados do caixa-forte do Banco Central, roubados através de um túnel de 84 metros. Em sua estreia no cinema, o ator e experiente diretor de TV Marcos Paulo conta com elenco famoso e um roteiro por vezes engenhoso que, através de vaivéns, rememora a façanha dos bandidos. O tom hollywoodiano e a falta de autenticidade nas situações põem quase tudo a perder. Estereótipos e trilha sonora grandiloquente também abundam. Cabeça da operação, o misterioso Barão (Milhem Cortaz) contrata Mineiro (Eriberto Leão), recém-saído da prisão, para pôr o plano em prática. A eles se juntam um engenheiro (Tonico Pereira) e operários para dar início às escavações. O filme segue fluente até mais da metade. Quando flerta com o cinema estrangeiro de ação e suspense, na linha de O Plano Perfeito e Efeito Dominó, seus limites ficam ainda mais evidentes. Surpresa do elenco, Vinícius de Oliveira (o menino de Central do Brasil) interpreta um divertido evangélico efeminado. Com Hermila Guedes, Juliano Cazarré, Lima Duarte e Giulia Gam (101min). 14 anos. Estreou em 22/7/2011. Box Cinemas São Gonçalo 5, Cinespaço Boulervard 6, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Carioca Shopping 7, Cinemark Plaza Shopping 3, Cine Santa, Cinesystem Bangu 3, Estação Vivo Gávea 1, Iguaçu Top 3, Iguatemi 2, Kinoplex Grande Rio 3, Kinoplex Nova América 4, Kinoplex Tijuca 3, Kinoplex West Shopping 3, UCI Kinoplex NorteShopping 7, UCI New York City Center 18.

✪✪✪✪ BALADA DO AMOR E DO ÓDIO, de Álex de la Iglesia (Balada Triste de Trompeta, Espanha/França, 2010). Quem conhece alguns filmes do espanhol Álex de la Iglesia sabe que o diretor tem uma criatividade visual ímpar ? vide trabalhos como A Comunidade (2000) e Crime Ferpeito (2004). Sua mais recente comédia dramática não foge à regra. Sempre no limite do exagero, Iglesia narra de forma avassaladora e hipnótica a trajetória de erros de Javier (Carlos Areces). Quando criança na década de 30, ele viu o pai morrer na Guerra Civil Espanhola. Em 1973, seguiu a profissão paterna: virou o palhaço triste de um circo liderado por outro palhaço, ditador e violento ? a semelhança com o regime franquista não é mera coincidência. Gorducho e tímido, Javier acaba se afeiçoando justamente à mulher do rival. A partir daí, a impactante história ganha rumos cada vez mais surrealistas: seus personagens têm acessos de fúria e loucura, à moda febril e irônica de Quentin Tarantino. (107min). 16 anos. Estreou em 12/8/2011. Estação Sesc Laura Alvim 1, Unibanco Arteplex 2.

✪✪ CAPITÃO AMÉRICA ? O PRIMEIRO VINGADOR, de Joe Johnston (Captain America: The First Avenger, EUA, 2011). A Marvel, também criadora de Homem de Ferro e Thor, leva ao cinema mais um super-herói saído dos quadrinhos. Em sua meia hora inicial, a aventura surpreende pela imersão em registro dramático da II Guerra ? são pontos altos os formidáveis figurinos, a direção de arte e o clima de matinê à moda antiga. O restante da trama, no entanto, carece de ação, sobretudo para quem espera algo na linha do cinema fantástico atual. Menos explosivo e com mais blá-blá-blá do que seus concorrentes, o longa-metragem do mesmo diretor de Jurassic Park e O Lobisomem está centrado na década de 40. Franzino porém valente, o jovem Steve Rogers (Chris Evans) quer se alistar no Exército. Recusado por seu físico mignon, Rogers ganha uma chance de ouro: um cientista alemão (Stanley Tucci) o escolhe para ser cobaia de um soro capaz de transformar seu corpo numa montanha de músculos. Assim, Rogers vira o Capitão América, sinônimo de brio, peça de propaganda para os soldados e maior rival do vilão nazista interpretado por Hugo Weaving. Com Tommy Lee Jones, Hayley Atwell e Sebastian Stan (125min). 10 anos. Estreou em 29/7/2011. Dublado: Bay Market 4, Box Cinemas São Gonçalo 8, Cine 10 Sulacap 6, Cinemark Carioca Shopping 6, Cinesystem Via Brasil 1, Iguatemi 2. Legendado: UCI New York City Center 5. Dublado, 3D: UCI Kinoplex NorteShopping 3, UCI New York City Center 2. Legendado, 3D: Cinemark Downtown 12, UCI Kinoplex NorteShopping 3, UCI New York City Center 2.

✪✪ CARROS 2, de John Lasseter e Brad Lewis (Cars 2, EUA, 2011). Animação. A continuação do sucesso de 2006 abandona a cidadezinha do Meio-Oeste americano e ganha proporções globais. Num mundo povoado por automóveis, o bólido Relâmpago ­McQueen (dublado por Owen Wilson na versão original) participa de uma corrida que passa por Japão, Itália e Inglaterra. Enquanto isso, o caipira Mate (o humorista Larry the Cable Guy) ajuda um agente secreto britânico, representado por um Aston Martin (o carro de James Bond em Casino Royale, aqui com voz de Michael Caine). Talvez seja a primeira deslizada feia da Pixar, estúdio responsável por obras-primas animadas (Wall-E, Up ? Altas Aventuras, Ratatouille). O visual deslumbrante ainda encanta o público, mas a história, o forte dos seus filmes, decaiu bastante. Provoca estranheza a opção de transformar o cansativo guincho Mate em protagonista. As piadas, pouco inspiradas, perdem espaço para a ação rocambolesca. Para completar, a Disney fez alarde demais em torno de participações imperceptíveis de celebridades, como as atrizes Sophia Loren e Vanessa Redgrave e o piloto Lewis Hamilton. O mesmo ocorre com a cópia em português (a cantora Claudia Leitte e o piloto-empresário Emerson Fittipaldi fazem as pontinhas). Um curta-metragem com os personagens da trilogia Toy Story precede o filme (106min). Livre. Estreou em 23/6/2011. Dublado: UCI New York City Center 7.

✪ O CASAMENTO DO MEU EX, de Galt Niederhoffer (The Romantics, EUA, 2010). Tema similar foi abordado na recente comédia O Noivo da Minha Melhor Amiga. Só que, aqui, sai o humor popular para entrar o draminha e o falatório cabeça de algumas produções do cinema independente ? algo na linha de O Casamento de Rachel. Personagens indecisos afetivamente dão o tom, ora engraçado, ora pesado ao enredo. A arrastada comédia dramática, inspirada em livro da própria diretora, flagra o dia que antecede o matrimônio de Lila (Anna Paquin) e Tom (Josh Duhamel). A noiva convidou como dama de honra sua amiga Laura (Katie Holmes), ex-namorada de seu futuro marido. Numa bela propriedade do campo, os padrinhos enchem a cara e trocam de pares às escondidas. Enquanto isso, Laura decide acertar os ponteiros com o noivo, por quem se sente ainda atraída. A lenga-lenga é embalada por sensível trilha sonora indie. Com Elijah Wood, Malin Akerman e Candice Bergen (95min). 12 anos. Estreou em 29/7/2011. Estação Sesc Laura Alvim 2.

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✪ CILADA.COM, de José Alvarenga Jr. (Brasil, 2011). Comédia. Com base no seriado Cilada, do canal pago Multishow, o humorista Bruno Mazzeo arrisca-se pela primeira vez como protagonista de um filme. Depois de ser flagrado traindo a namorada (Fernanda Paes Leme), ele descobre que a moça pôs na internet um vídeo no qual a performance sexual dele era pífia. Exposto ao ridículo diante de todos, o malandro tenta limpar sua imagem, mas acaba se metendo em outras confusões. Ao contrário da série de TV, não há intervenções no formato de esquetes no meio da história. Se por um lado poupa o espectador de ver o comediante fazendo imitações nem sempre inspiradas, por outro a direção não conseguiu preencher o vazio, e a falta de ritmo incomoda bastante. Toda piada, por pior que seja, é extenuantemente prolongada, como se estivessem tentando fazer o roteiro de um curta-metragem se encaixar à duração de um longa (99min). 14 anos. Estreou em 8/7/2011. Bay Market 4, Box Cinemas São Gonçalo 6, Cinemark Botafogo 1, Cinemark Carioca Shopping 2, Cinemark Downtown 1, Cinemark Plaza Shopping 5, Cinespaço Boulervard 4, Cinesystem Bangu 3, Cinesystem Via Brasil 2, Estação Sesc Laura Alvim 3, Odeon Petrobras, Kinoplex Grande Rio 4, Kinoplex Nova América 3, Kinoplex Tijuca 5, Kinoplex West Shopping 4, UCI Kinoplex NorteShopping 4, UCI New York City Center 17.

✪✪✪ CÓPIA FIEL, de Abbas Kiarostami (Copie Conforme, França/Itália/Irã, 2010). Inusitado, complexo e original, o drama deu a Juliette Binoche o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes do ano passado. Em sua primeira fita rodada na Europa, Kiarostami (Gosto de Cereja) segue a jornada de uma francesa na Itália. Dona de uma galeria em Arezzo, na Toscana, a quarentona interpretada por Juliette acompanha o escritor britânico James Miller (papel do barítono William Shimell) por um passeio no encantador vilarejo de Lucignano. Tudo se passa num único dia. No bate-papo com a dona de um café, a protagonista muda o rumo da trama dizendo ser mulher do escritor. Os diálogos entre eles, antes impessoais e em língua inglesa, passam a ser em francês e atingem esferas mais íntimas. Sob o signo do insolúvel, a brincadeira de Kiarostami fica ainda mais curiosa e fascinante. Em formidável jogo de cena, os dois atores (sobretudo Juliette) se desdobram para dar conta de atuações sob longos planos-se­quên­cia, uma especialidade do realizador ? que aqui se reafirma como um dos mais instigantes do cinema atual (106min). 14 anos. Cine Joia.

✪ DYLAN DOG E AS CRIATURAS DA NOITE, de Kevin Munroe (Dylan Dog: Dead of Night, EUA, 2010). Os quadrinhos do italiano Tiziano Sclavi ganharam uma pálida adaptação para o cinema. Pouca coisa se salva na trama, a começar pelo tom canastrão do protagonista, o ex-Superman Brandon Routh. Ele interpreta Dylan Dog, um detetive particular especializado em resolver casos sobrenaturais. Quando o pai de Elizabeth (Anita Briem) é assassinado, Dylan entra em ação para investigar o mistério. A história começa como um suspense policial, mas logo se revela uma tosca comédia de terror, já que no mundo do protagonista habitam zumbis, lobisomens e vampiros. Sem ritmo nem graça, o filme se vale de uma boa piada: a do parceiro de Dylan, interpretado pelo ator Sam Huntington, que não aceita de jeito nenhum sua condição de morto-vivo. Com Peter Stormare (107min). 12 anos. Estreou em 12/8/2011. UCI New York City Center 13.

✪✪ A FALTA QUE NOS MOVE, de Christiane Jatahy (Brasil, 2010). Drama. Baseada no espetáculo teatral A Falta que Nos Move ou Todas as Histórias São Ficção, de sua autoria, a diretora Christiane Jatahy convidou cinco atores para uma experiência cênica. Eles se reuniriam em uma casa, na véspera de Natal, sem saber direito o roteiro que cada um teria de seguir, misturando o tempo todo realidade com encenação. Acompanhados por três câmeras, eles cozinham, bebem, conversam e passam a limpo alguns problemas do passado. Vale como workshop para atores, com algumas improvisações convincentes e outras que beiram o caos (110min). 14 anos. Estreou em 1º/7/2011. Estação Sesc Laura Alvim 1.

FILHOS DE JOÃO ? O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO BAIANO, de Henrique Dantas (Brasil, 2009). O documentário joga luz na formação, no fim da década de 60, do grupo Novos Baianos. Entre os integrantes estavam Baby Consuelo, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira. João Gilberto serviu de influência para a banda baiana descobrir a MPB e gravar Acabou Chorare (1972), o mais emblemático disco da turma (76min). Livre. Estreou em 22/7/2011. Cine Glória, Estação Sesc Laura Alvim 3.

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✪✪✪ GAINSBOURG ? O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES, de Joann Sfar (Gainsbourg, Vie Héroique, França, 2010). Drama musical. Era uma vez um garoto com orelhas de abano, olhos esbugalhados e narigão que sonhava ser artista plástico para pintar mulheres bonitas. Quando ele cresceu, a música o levou a conquistar as mais desejadas beldades do mundo. O jovem cartunista Joann Sfar estreia como cineasta dando à biografia do temperamental cantor e compositor francês Serge Gainsbourg (1928-1991) um encantador tom de fábula, baseando-se em uma história em quadrinhos de sua autoria. Portanto, a caricatura também faz parte do filme. Talvez só assim seja possível explicar o charme irresistível do homenageado, cuja feiura foi eclipsada por sua genialidade. Na Paris ocupada pelos alemães durante a II Guerra Mundial, o menino Lucian (seu nome verdadeiro) já se sentia homem, desenhando cenas eróticas, fumando cigarros e assustando os adultos com uma resposta ardilosa sempre engatilhada. Filho de judeus russos, desdenhava da perseguição nazista escondendo-se em seu universo criativo, povoado por um alter ego esquisitão como ele. O personagem imaginário, apresentado como um alegórico boneco do próprio Gainsbourg, o acompanha nas décadas seguintes, quando, já crescido (incorporado de maneira impressionante pelo ator Eric Elmosnino), se torna compositor de músicas popularizadas por vozes femininas. Na tela surgem atrizes lindíssimas que interpretam estrelas ainda mais fascinantes, do naipe de Brigitte Bardot (Laetitia Casta), sua amante, e Jane Birkin (Lucy Gordon), com quem se casaria e teria uma filha. Os bastidores da criação de canções célebres, como Bonnie & Clyde e a provocativa Je T?Aime Moi Non Plus, rendem números musicais divertidos e envolventes. Extremamente sen­sual, a fita é prejudicada apenas pelo fim um tanto apressado e pouco conclusivo (130min). 14 anos. Estreou em 8/7/2011. Estação Sesc Botafogo 2.

HANAMI ? CEREJEIRAS EM FLOR, de Doris Dörrie (Kirschblüten ? Hanami, Alemanha/França, 2008). Drama. Trudi (a magnífica Hannelore Elsner) recebe uma estarrecedora notícia: seu marido, Rudi (Elmar Wepper), tem pouco tempo de vida. Aconselhada pelos médicos, ela o convence a sair da Bavária, onde moram num vilarejo, e espairecer numa visita aos filhos em Berlim. Omite dele o trágico destino. O sessentão Rudi, sistemático e de poucas palavras, ainda dá conta de seu emprego burocrático e não abre mão do cotidiano pacato, simples, regrado. Na capital alemã, o reencontro com Karolin, lésbica, e Klaus, casado e pai de duas crianças, será marcado por passagens embaraçosas, desconfortantes e de uma vivacidade ímpar. Não convém ir além na história ­? aos quarenta minutos, ela dá uma guinada impactante e surpreendente. Pode-se dizer, contudo, que Rudi, numa temporada em Tóquio para morar com o caçula Karl (Maximilian Brückner), redescobrirá o prazer das pequenas coisas ao lado de uma jovem dançarina de butô interpretada por Aya Irizuki (127min). Estreou em 25/12/2009. Cine Joia.

✪✪✪ HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE ? PARTE 2, de David Yates (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2, Inglaterra/EUA, 2011). Aventura. A saga do jovem bruxo Harry Potter (Daniel Radcliffe) chega ao capítulo final em grande estilo. Quem não se perdeu em meio a tanta informação nos outros filmes (alguns deles, como o anterior, bem fraquinhos) vai ter o esforço recompensado, com direito a bastante ação épica e clima tenso na medida certa. Até a direção de arte e os efeitos especiais parecem ter evoluído. Ao lado dos amigos Ron (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson), o herói segue em busca dos três objetos que tornam o vilanesco Voldemort (Ralph Fiennes) imortal. Na derradeira batalha entre o bem e o mal, Potter vai descobrir quanto está disposto a sacri­ficar para impedir que as trevas vençam (130min). 12 anos. Estreou em 15/7/2011. Dublado: Cinemark Carioca Shopping 3, UCI New York City Center 10. Legendado, 3D: Cinépolis Lagoon 5. Legendado: UCI New York City Center 10.

✪✪✪ O HOMEM AO LADO, de Mariano Cohn e Gastón Duprat (El Hombre de al Lado, Argentina, 2009). A quebra de expectativa é um dos trunfos da surpreendente comédia dramática realizada pela dupla de diretores argentinos. Elegantes e afiados, Cohn e Duprat enfocam o tormento que se abate sobre uma família de La Plata, a capital da província de Buenos Aires. Um casal, a filha e a empregada vivem numa casa projetada pelo renomado arquiteto franco-suíço Le Corbusier (1887-1965) e se sentem invadidos quando um vizinho decide, por conta própria e sem autorização da prefeitura, fazer uma janela em seu apartamento que dá de cara para o histórico imóvel. O certinho designer de objetos Leo­nardo (Rafael Spregelburd) é contra e alerta o inconveniente Victor (Daniel Aráoz) para tapar o buraco. Começa assim uma trama pontilhada de suspense, surpresas, reviravoltas, mal-entendidos e humor singular (110min). 16 anos. Cine Glória, Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪✪ INCÊNDIOS, de Denis Villeneuve (In­cendies, Canadá/França, 2010). A força do melodrama está na narrativa pulsante e criativa, que dá conta de abordar mais de quarenta anos de história em dois tempos distintos. No presente, os gêmeos Jeanne e Simon Marwan (Melissa Désormeaux-Poulin e Maxim Gaudette) perdem a mãe, Nawal Marwan (a excelente Lubna Azabal), e deparam com algumas surpresas na leitura de seu testamento. Nawal pede aos dois que entreguem cartas ao pai deles ? eles pensavam que o homem estivesse morto ? e a outro filho, cuja existência era ignorada. Simon rejeita a ideia, mas Jeanne parte para o Líbano. Quer descobrir o paradeiro dos parentes e desvendar as origens da mãe (130min). 14 anos. Estreou em 25/2/2011. Estação Sesc Botafogo 2, Estação Sesc Laura Alvim 2.

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✪✪✪✪ LOLA, de Brillante Mendonza (Lola, França/Filipinas, 2009). O drama é a primeira fita do filipino Brillante Mendonza a ganhar o circuito comercial ? ele tem oito produções anteriores, todas inéditas no Brasil. Em cena, há duas lolas, como são chamadas as vovós nas Filipinas: Sepa (a fabulosa Anita Linda) e Puring (Rustica Carpio). Ambas paupérrimas, elas vivem a duras penas em casebres de Manila e, destemidas, tentam conseguir dinheiro com o rosto marcado dos idosos e a tenacidade dos jovens. O formidável roteiro foca primeiro na dor de dona Sepa. Ela perdeu o neto, assassinado por causa de um celular, e precisa de grana para enterrá-lo. Pouco tempo depois, surge Puring, uma feirante clandestina cuja maior batalha consiste em livrar das grades seu neto, acusado da morte do rapaz. Mendonza percorre as ruas da capital filipina com uma câmera bastante ágil e colada nas personagens. Extensos planos-sequência de tirar o fôlego mostram registros da burocracia aos tormentos provocados pelas chuvas torrenciais no país asiático. A grandeza do filme está nos detalhes, na observação aguda e sensata, no olhar documental e sem julgamentos morais de um realizador em ascensão (110min). 12 anos. Estreou em 22/7/2011. Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪ MAMUTE, de Benoît Delépine e Gustave de Kervern (Mammuth, França, 2010). O grande Gérard Depardieu encontra mais um papel recente à altura de seu talento, depois de Minhas Tardes com Margueritte, ainda em cartaz. Na pele de Serge, ele cumpre seu último dia como funcionário de um matadouro. Para conseguir a aposentadoria integral, porém, terá de recolher os comprovantes com seus antigos empregadores. Brutamontes, sem paciência nem jeito para as coisas delicadas, Serge larga a mulher (Yolande Moreau) em casa, tira a velha moto da garagem e sai à procura dos documentos. No contato com amigos e familiares, descobre-se mais afável. Há ótimos momentos na comédia dramática, sobretudo no registro de personagens intransigentes. Contudo, a dupla de diretores-roteiristas injeta ituações pouco convincentes e desnecessárias. Entre elas, a ligação do protagonista com o fantasma de uma namorada, incorporado por uma sumida e botocada Isabelle Adjani (92min). 16 anos. Estreou em 5/8/2011. Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Espaço 3, Estação Vivo Gávea 3.

✪✪✪ MEIA-NOITE EM PARIS, de Woody Allen (Midnight in Paris, Espanha/EUA, 2011). Comédia. Em seu atual giro pelo mundo, Woody Allen parou na França para fazer um dos seus filmes mais graciosos dos últimos anos. Em Paris, um roteirista americano (Owen Wilson) com pretensão de ser escritor se distancia de sua noiva consumista (Rachel ­McAdams), dos amigos esnobes dela e de seus sogros conservadores. Cansado do vazio da vida moderna, ele prefere caminhar sozinho para se inspirar. Depois da meia-noite, porém, descobre uma cidade diferente, atemporal, como sempre sonhou. Magicamente, ele vai parar nos anos 20 e conhece figuras ilustres como o escritor Ernest Hemingway, o compositor Cole Porter e o pintor Pablo Picasso. O cineasta colocou inúmeras referências culturais para destacar o charme parisiense, principalmente aquele perdido no passado. De quebra, lembrou-se de quando viveu lá como um jovem comediante querendo escrever romances. Com Carla Bruni (90min). 10 anos. Estreou em 17/6/2011.Cine Santa, Espaço Museu da República, Estação Sesc Barra Point 2, Estação Sesc Botafogo 1, Estação Sesc Laura Alvim 3, Estação Vivo Gávea 1.

✪✪✪✪ MELANCOLIA, de Lars von Trier (Melancholia, Dinamarca/Suécia/França/Alemanha, 2011). Lars von Trier foi banido do último Festival de Cannes por ter dado uma infeliz declaração sobre o nazismo numa entrevista coletiva. Se a figura do diretor dinamarquês é sempre polêmica, seus recentes trabalhos estão ganhando status de obra-prima. Depois do terror dramático Anticristo, o realizador retorna com um inusitado drama familiar de ficção científica. Na história, Michael (Alexander Skarsgard, da série televisiva de vampiros True Blood) é apaixonado por sua noiva, Justine (Kirsten Dunst, em desempenho que conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes). A moça parece entusiasmada com a festa de casamento, que será realizada num castelo, mas, lá no fundo, tem dúvidas sobre o relacionamento. Na segunda parte da fita, Justine, em profunda depressão, ganha a ajuda de sua irmã (Charlotte Gainsbourg) e do cunhado (Kiefer Sutherland) para se reerguer. Todos estão em grande expectativa: o planeta fictício Melancolia pode se chocar com a Terra dentro de dias e, assim, determinar o fim do mundo. Embalada apenas pelo soberbo Prelúdio e Morte do Amor, da ópera Tristão e Isolda, de Wagner, a trama ganha imagens para reter na memória. Assim como no filme anterior, Von Trier já conquista a plateia com um maravilhoso prólogo. O elenco internacional ainda traz Charlotte Rampling e John Hurt (130min). 14 anos. Estreou em 5/8/2011. Cine Santa, Estação Sesc Espaço 3, Estação Sesc Laura Alvim 1, Estação Vivo Gávea 3, Unibanco Arteplex 2.

✪✪✪✪ MINHAS TARDES COM MAR­GUERITTE, de Jean Becker (La Tête en Friche, França, 2010). A forma roliça de Gérard Depardieu cai bem para o físico de Germain, protagonista do drama, que mora num vilarejo no centro-oeste da França, vive de bicos e namora uma motorista de ônibus. Tipo humilde e de coração sem tamanho, teve uma infância problemática ao lado da mãe destemperada. Com dificuldades no ensino, cresceu complexado, sobretudo pelas humilhações sofridas por não saber ler perfeitamente. Esse cara bonachão, porém, vai ganhar uma chance de ouro ao conhecer a simpática velhinha Margueritte (a atriz Gisèle Casadesus) numa praça. No contato diário com a letrada nonagenária, Germain descobre a riqueza dos livros. O tema pode parecer árido, mas o experiente diretor-roteirista Jean Becker (de Conversas com Meu Jardineiro) tira da frente qualquer sinal de marasmo ou literatice, injetando humor nos conflitos dramáticos (82min). 12 anos. Estreou em 27/5/2011. Estação Sesc Barra Point 1, Estação Sesc Laura Alvim 2.

✪✪✪✪ NAMORADOS PARA SEMPRE, de Derek Cianfrance (Blue Valentine, EUA, 2010). Apesar do infeliz título em português, não se trata de um romance água com açúcar, mas de um drama pesadão e contundente. Indicada ao Oscar 2011 de melhor atriz, Michelle Williams (O Segredo de Brokeback Mountain) faz par com Ryan Gosling (A Garota Ideal). Eles interpretam esposa e marido, pais de uma menina de 5 anos, que sentem o peso do relacionamento. Para acertar os ponteiros, reservam um quarto de motel para tentar relembrar o início da relação. O filme acompanha simultaneamente duas fases distintas da vida do casal: quando se conheceu, unido pelas ilusões românticas, e, anos depois, afastado pela rotina familiar. Excelente trabalho de atores em uma história tão verdadeira que chega a doer no espectador (112min). 14 anos. Estação Sesc Botafogo 3.

✪✪ NÃO SE PREOCUPE, NADA VAI DAR CERTO!, de Hugo Carvana (Brasil, 2011). Carvana havia apelado para o humor chulo em Casa da Mãe Joana (2008), sua comédia anterior, e aqui transita entre a homenagem e a ingenuidade. Trata-se de uma história démodé, porém tocada com ritmo e boa parceria entre Tarcisio Meira e Gregório Duvivier. Lalau Velasco (Duvivier), ator de stand-up comedy, e Ramon (Meira), seu pai e empresário, rodam o Brasil. Como os trambiques de Ramon ficam mais evidentes, Lalau quer se ver livre dele. Surge, então, a oportunidade: sair do Ceará e ficar um tempo no Rio de Janeiro a convite de uma jornalista (Flávia Alessandra). Ela quer que o comediante se passe pelo guru indiano Bob Savanandra, escalado para um seminário no Brasil. Carvana usa situações de chanchada e tenta alfinetar os bastidores da política para provocar risos. Não consegue! Com Ângela Vieira e Herson Capri (100min). 12 anos. Estreou em 5/8/2011. Cinespaço Boulervard 6, Estação Sesc Laura Alvim 2, Iguatemi 7, Odeon Petrobras, UCI Kinoplex NorteShopping 9, UCI New York City Center 18.

A PARTIDA, de Yojiro Takita (Okuribito, Japão, 2008). Drama. Ganhador do Oscar de produção estrangeira, o belo filme do diretor Takita é construído em minúcias. Quando a orquestra em que toca é dissolvida, o jovem cellista Daigo (Masahiro Motoki) desiste da música e se muda com a mulher de Tóquio para a cidadezinha em que foi criado. À procura de emprego, depara com um anúncio que parece ser de uma agência de turismo, já que o trabalho envolve partidas. As viagens em questão, porém, são de outra natureza ? o que o anúncio pede, na verdade, é alguém capaz de desempenhar ritos funerários tradicionais. Pego de surpresa pela ideia da profissão e pelo salário alto que o senhor Sasaki (Tsutomu Yamazaki) lhe oferece, Daigo aceita o posto. No primeiro atendimento, particularmente lúgubre, a repulsa vaga que ele imaginava ter de enfrentar torna-se um sentimento traumático. O senhor Sasaki, entretanto, acha que o rapaz tem um talento inato. E tanto ensina que o discípulo, de fato, se rende à beleza do ofício (130min). 12 anos. Estreou em 5/6/2009. Cine Joia.

✪✪✪ O PEQUENO NICOLAU, de Laurent Tirard (Le Petit Nicolas, França, 2009). Baseada nos livrinhos infantis criados por René Goscinny e Jean-Jacques Sempé em 1956, a comédia preserva toda a inocência do personagem sem parecer datada. O garoto Nicolau (Máxime Godart) sempre se mete em encrencas por não entender direito o mundo dos adultos. Quando desconfia que vai ganhar um irmãozinho, ele se desespera com a ideia de ser abandonado pelos pais na floresta. O roteiro consegue até encaixar uma homenagem a Asterix, outro personagem célebre de Goscinny (91min). Livre. Estreou em 2/7/2010. Cine Joia, Estação Sesc Botafogo 2.

✪✪ OS PINGUINS DO PAPAI, de Mark Waters (Mr. Popper?s Penguins, EUA, 2011). Filmes de pinguins já são quase um subgênero em Hollywood, tamanha a fascinação que produtores têm por eles. Após várias animações fazerem piada do jeitão atrapalhado das aves, chegou a vez de uma comédia familiar, com animais de carne, osso e efeitos visuais. Baseada em um livro infantil de 1938 sobre um pintor de paredes e uma dúzia desses bichinhos, a adaptação tenta incrementar um pouco a trama. Jim Carrey faz as caretas de sempre ao viver um corretor de imóveis de Nova York. Um dia ele recebe de seu pai ausente uma caixa com um pinguim dentro. Outros cinco chegam na se­quên­cia, tumultuando a vida profissional do exe­cutivo enquanto o aproximam dos filhos (94min). Livre. Estreou em 1º/7/2011. Dublado: UCI New York City Center 7.

✪✪✪ POTICHE ? ESPOSA TROFÉU, de François Ozon (Potiche, França, 2010). O francês François Ozon nunca foi um cineasta contido. Com uma média de um filme por ano, ele salta de um gênero a outro, sempre explorando ao máximo os artifícios de cada um. Seja em um musical (8 Mulheres), um suspense psicológico (Swimming Pool ? À Beira da Piscina) ou um melodrama de época (Angel), o exagero atrai o diretor, que faz bom uso dele. Ao seu mais recente trabalho, esta comédia, Ozon imprimiu um divertido tom de telenovela, tanto na linguagem cênica quanto nos elementos da narrativa. E, mais uma vez, o espectador descobre uma trama muito além dos estereótipos. Situada no fim dos anos 70, em um vilarejo industrial do norte da França, a história apresenta uma abastada família, os Pujol. Suzanne, a dona de casa e mãe interpretada pela diva Catherine Deneuve, aparenta ser uma perua fútil, a tal “esposa troféu” do título, casada com o ríspido Robert (Fabrice Luchini) e dedicada ao casal de filhos, Laurent (Jérémie Renier) e Joëlle (Judith Godrèche). Quando o marido adoece durante uma greve em sua fábrica de guarda-chuvas, que ele comanda com mão de ferro, Suzanne domina a situação com carisma e iniciativa. O excelente elenco traz ainda o onipresente Gérard Depardieu no papel de um galanteador líder sindical (103min). 12 anos. Estação Sesc Botafogo 2, Estação Sesc Laura Alvim 2.

AS PRAIAS DE AGNÈS, de Agnès Varda (Les Plages d? Agnès, França, 2008). No documentário autobiográfico, a diretora, presença feminina mais marcante da nouvelle vague, refaz sua trajetória recorrendo a fotos, trechos de filmes e entrevistas (110min). 16 anos. Estreou em 29/7/2011. Instituto Moreira Salles. Estação Sesc Botafogo 1.

✪✪✪ QUEBRANDO O TABU, de Fernando Grostein Andrade (Brasil, 2011). O tabu a que se refere o título é o oportuno debate sobre a descriminalização (total ou não) do usuá­rio de drogas no Brasil. De uma ideia nascida dez anos atrás, Fernando Grostein Andrade, meio-irmão do apresentador Luciano Huck (um dos produtores) e diretor de Coração Vagabundo (sobre Caetano Veloso), encontrou o apoio de Fernando Henrique Cardoso para tocar seu novo documentário. O ex-presidente funcionou como um âncora da polêmica questão e saiu pelo mundo para entender como outras nações se comportam diante dela. Nota-se a cada minuto o esforço da produção. Grostein e sua equipe rodaram o Brasil e mais sete países durante 58 dias, entrevistaram 176 pessoas e enxugaram 400 horas de material bruto em 74 minutos. Há depoimentos importantes, como os dos ex-presidentes americanos Jimmy Carter e Bill Clinton, do ator mexicano Gael García Bernal e do escritor Paulo Coelho. Também é bastante coerente a entrevista do médico Drauzio Varella (74min). 18 anos. Estreou em 3/6/2011. Unibanco Arteplex 5.

✪✪✪ QUERO MATAR MEU CHEFE, de Seth Gordon (Horrible Bosses, EUA, 2011). Se foi por causa de Se Beber, Não Case! ou não, o fato é que a comédia americana está perdendo o pudor e investindo em tramas mais adultas, espertas e criativas. Aqui há, felizmente, menos apelação e um roteiro mais apurado, que critica, nas entrelinhas, a situação econômica atual do país. Os três protagonistas odeiam seus chefes. Nick (Jason Bateman) foi preterido numa promoção e está pelas tampas com seu superior, o egocêntrico Dave (Kevin Spacey). Kurt (Jason Sudeikis), depois da morte do patrão (Donald Sutherland), é só atritos com o filho dele, um cocainômano mulherengo interpretado por Colin Farrell. E Dale (Charlie Day) vive uma situação bastante desconfortável: apaixonado por sua noiva, não aguenta mais os assédios insistentes da dentista (Jennifer Aniston) para quem trabalha. Depois de uma noite de bebedeira, o trio decide localizar um matador de aluguel para pôr um plano de vingança em prática. Começa assim uma história de rumos inesperados e risos certeiros ? seja você patrão ou empregado. Quem rouba a cena do elenco praticamente masculino é uma mulher: desbocada, sensual e oferecidíssima, Jennifer Aniston deita e rola no papel da predadora sexual. Com Jamie Foxx (98min). 14 anos. Estreou em 5/8/2011. Cine 10 Sulacap 6, Cine Glória, Cinemark Botafogo 2, Cinemark Downtown 6, Cinépolis Lagoon 5, Estação Vivo Gávea 4, Kinoplex Fashion Mall 4, Kinoplex Leblon 2, Kinoplex Tijuca 3, Rio Sul 3, São Luiz 2, UCI New York City Center 15, Via Parque 6.

✪✪✪ OS SMURFS, de Raja Gosnell (The Smurfs, EUA, 2011). Criados no fim da década de 50, os smurfs eram personagens dos quadrinhos. Chegaram ao estrelato a partir de 1981, devido aos mais de 200 episódios de desenhos produzidos pela TV americana até 1990. Mostra-se acertada a transposição ao cinema. Enquanto os smurfs mantêm a origem na animação, os humanos e o vilão Gargamel são interpretados por atores. A mistura lembra a fórmula de Alvin e os Esquilos e HOP ? Rebelde sem Páscoa, atrações destinadas ao público infantil que, recheadas de tiradas espertas, caíram também no agrado dos adultos. A comédia tem início na floresta imaginária dos pequeninos seres. Habitantes de uma aldeia com casas no formato de cogumelo, eles são a perfeita tradução da harmonia e da felicidade. Surge, então, Gargamel (interpretado por Hank Azaria), um feiticeiro capaz de liquidar com a paz dos baixinhos em segundos. Na correria, Papai Smurf, Smurfette (a única garota do reino) e mais quatro amigos acabam em… Nova York (!). Meio na marra, eles encontram abrigo no apartamento do casal Patrick (Neil Patrick Harris) e Grace (Jayma Mays), grávida do primeiro filho. Executivo de marketing de uma fábrica de cosméticos, Patrick vive dias infernais por causa de uma chefe intransigente e de uma campanha valiosa. Os smurfs, além de incomodá-lo (motivo para risos autênticos), vão provocar uma série de contratempos em Manhattan. A agitada metrópole, inclusive, serve de palco em momentos-chave. Embora com pinta de merchandising, as sequências na loja de brinquedos FAO Schwarz respondem por situações hilárias (103min). Livre. Estreou em 5/8/2011. Dublado: Bay Market 2, Box Cinemas São Gonçalo 7, Cine 10 Sulacap 3, Cine Bauhaus 1, Cinemark Carioca Shopping 3 e 5, Cinemark Downtown 11, Cinemark Downtown 7, Cinemark Plaza Shopping 2, Cinesystem Ilha Plaza 1, Cinesystem Recreio 1, Cinesystem Via Brasil 3, Iguaçu Top 2, Kinoplex Fashion Mall 1, Kinoplex Grande Rio 3, Kinoplex Nova América 3, Kinoplex Tijuca 5, Kinoplex West Shopping 3, Madureira Shopping 3, Rio Sul 4, UCI Kinoplex NorteShopping 6, UCI New York City Center 13, Via Parque 2. Dublado, 3D: Cinemark Botafogo 6, Cinemark Downtown 8, Cinemark Plaza Shopping 4, Cinépolis Lagoon 4, Cinespaço Boulervard 3, Cinesystem Bangu 2, Cinesystem Via Brasil 4, Kinoplex Grande Rio 5, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Nova América 5, Kinoplex Tijuca 4, Kinoplex West Shopping 2, São Luiz 4, UCI Kinoplex NorteShopping 1, UCI New York City Center 14. Legendado, 3D Cinemark Downtown 8, Cinépolis Lagoon 4, Cinespaço Boulervard 3, Kinoplex Leblon 4, Kinoplex Tijuca 4, São Luiz 4, UCI New York City Center 14.

✪✪✪ SUPER 8, de J.J. Abrams (Super 8, EUA, 2011). Não à toa o filme traz a assinatura de Steven Spielberg na produção. Em seu terceiro longa-metragem (depois de Missão: Impossível III e Star Trek), o diretor J.J. Abrams volta-se ao finzinho da década de 70 para prestar uma homenagem (proposital ou não) ao criador de Contatos Imediatos do Terceiro Grau e Tubarão, além de remeter a outros cults da década de 80, como Conta Comigo e Os Goonies. O suspense de ficção científica se passa na pequena cidade de Lillian, no estado de Ohio, em 1979. O garoto Joe (Joel Courtney) perdeu a mãe num acidente de trabalho e, quatro meses depois, mais disposto, junta-se a cinco amigos para rodar um curta em super 8 sobre zumbis. Estrela da fita e única menina do grupo, Alice (Elle Fanning) mostra-se empenhada na função. Durante uma filmagem noturna, um acidente na linha férrea faz descarrilar um trem. A partir daí, o vilarejo amanhece estranho. Os cães haviam desaparecido, a energia elétrica falhava, algumas pessoas tinham sumido e o Exército tomado conta do pedaço sem dar explicações. Pai de Joe e xerife de lá, Jackson Lamb (Kyle Chandler) fica intrigado, assim como o sexteto de adolescentes. À sua maneira, eles vão investigar o ocorrido. Como cada geração tem o E.T. que merece, este vem revestido de mais pavor e nenhuma doçura (112min). Livre. Estreou em 12/8/2011. Dublado: Box Cinemas São Gonçalo 5, Cine 10 Sulacap 2, Cinemark Carioca Shopping 2, Cinespaço Boulervard 1, Cinesystem Bangu 5, Cinesystem Via Brasil 2, Cinesystem Ilha Plaza 3, Cinesystem Recreio 4, Iguaçu Top 3, Iguatemi 4 e 7, Kinoplex Grande Rio 4, Kinoplex Nova América 4, Kinoplex West Shopping 4, UCI Kinoplex NorteShopping 9, UCI New York City Center 4, Via Parque 6. Legendado: Cinemark Botafogo 3, Cinemark Downtown 1, Cinemark Plaza Shopping 1, Cinépolis Lagoon 5, Unibanco Arteplex 4, Kinoplex Fashion Mall 1, Kinoplex Leblon 3, Kinoplex Tijuca 2, Rio Sul 3, São Luiz 2, UCI New York City Center 4 e 11.

✪✪ TRANSEUNTE, de Eryk Rocha (Brasil, 2011). O aposentado Expedito (Fernando Bezerra) perambula pelo Rio de Janeiro. Sem rumo nem função, vive pelos bares, pelas rodas de samba, transa com uma anônima, bate papo com estranhos. Em seu primeiro longa-metragem de ficção, Eryk Rocha, filho do também cineasta Glauber Rocha (1939-1981), parte para um drama experimental de baixo apelo comercial ? para se ter uma ideia há raríssimos diálogos e só aos 23 minutos o personagem abre a boca. Apoiado na câmera pulsante e na formidável fotografia de Miguel Vassy, o diretor explora closes extremos do protagonista e demais personagens e observa paisagens com olhar clínico, quase sempre em imagens em preto e branco bastante granuladas. Rocha consegue um resultado artístico de inegável valor, embora seu filme seja longo e arrastado (125min). 14 anos. Estreou em 12/8/2011. Unibanco Arteplex 5.

✪✪ TUDO FICARÁ BEM, de Christoffer Boe (Alting Bliver Godt Igen, Dinamarca/Suécia/França, 2010). O estilo modernoso do diretor dinamarquês (o mesmo de Allegro e Reconstrução de um Amor) se faz novamente presente num suspense dramático de arrancada interessante. Em fotografia de cores quentes, o realizador mostra a angustiante jornada de Jacob Falk (Jens Albinus). Roteirista de cinema em crise artística, ele vive às voltas com a adoção de seu primeiro filho. Ao encontrar fotos comprometedoras de soldados dinamarqueses torturando prisioneiros de guerra árabes, Falk embarca numa espiral de loucura e desespero para saber a verdade. Ainda na trama, sabe-se que as imagens foram clicadas secretamente por um civil muçulmano também dinamarquês (papel de Igor Radosavljevic), contratado para servir de intérprete entre os árabes. As duas histórias seguem bem até certo ponto, mas a resolução, tão lugar-comum, deixa a desejar (90min). 14 anos. Estreou em 12/8/2011. Estação SESC Barra Point 2, Estação SESC Botafogo 3.

✪ VEJO VOCÊ NO PRÓXIMO VERÃO, de Philip Seymour Hoffman (Jack Goes Boating, EUA, 2010). Vencedor do Oscar de melhor ator por Capote, em 2006, Philip Seymour Hof­fman estreia na direção com um arrastado (embora curto) drama. Ele mesmo interpreta Jack, um solitário motorista de limusine de Nova York cuja única companhia é o casal Clyde (John Ortiz) e Lucy (Daphne Rubin-Vega). Mas, quando conhece a tímida Connie (Amy Ryan), seu cotidiano sai um pouco da rotina. O longa-metragem traz os clichês do cinema indie, incluindo uma trilha sonora pop e personagens marginalizados. Além da reflexão oca, o texto, extraído de uma peça teatral, não consegue provocar empatia na plateia (91min). 16 anos. Estreou em 22/7/2011. Cine Glória.

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