Como será a central de inteligência em parceria com o Disque Denúncia
Lançada pela prefeitura do Rio, Civitas vai usar tecnologia em apoio à segurança pública; radares servirão para cercos eletrônicos
A partir desta terça (4), a prefeitura do Rio passa a contar com um sistema de monitoramento que vai ajudar as forças de segurança estaduais e os próprios órgãos municipais com informações sobre diversas ocorrências. Batizada de Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Apoio a Segurança Pública (Civitas), a iniciativa vai funcionar em parceria com o Disque Denúncia dentro do Centro de Operações Rio (COR), o que vai possibilitar, por exemplo, que os radares de monitoramento de trânsito da CET-Rio sejam usados em cercos eletrônicos, que incluem a verificação de placas. As outras câmerasda prefeitura distribuídas pela cidade também serão usadas.
+ Com 200000 doses disponíveis, prefeitura mantém vacinação contra a gripe
“É uma forma de integrar ainda mais as ações da prefeitura do Rio naquilo que nós podemos ajudar no campo da segurança pública. Outra medida importante é que a Prefeitura passa a financiar o Disque Denúncia, para que volte a funcionar 24h. O big brother está aí, vamos todos ser filmados para o bem e para o mal”, disse o prefeito Eduardo Paes, no lançamento da central. O Disque Denúncia participará diretamente da operação, fornecendo os dados dos atendimentos aos cidadãos.
A Civitas é um projeto tecnológico de monitoramento, para fazer um cerco inteligente, em apoio à segurança pública da cidade, aproveitando toda a experiência e conhecimento técnico do Centro de Operações Rio (COR) e a tradição e credibilidade do Disque Denúncia, um sistema de atendimento com quase 30 anos de existência, que é uma referência para o cidadão fluminense e que participará como uma rede de vigilância comunitária. Além de usar imagens de câmeras do COR e da CET-Rio, futuramente o sistema contará com câmeras de empresas de segurança. São utilizados para o monitoramento de veículos 900 radares e 50 câmeras com leitura de placas, que serão capazes de descobrir carros clonados na cidade. “Quando o veículo passa num determinado ponto da cidade e, dez minutos depois, essa mesma placa é identificada em outro ponto muito distante, que não daria para fazer esse trajeto a tempo, automaticamente sobe um alerta para a gente com a identificação de clonagem de placa”, explicou o chefe executivo da Central Civitas, Davi Carreiro.
Desde 2016, o Disque Denúncia não recebia investimento de um órgão público. O sistema passou a funcionar de segunda a sexta, das 8h às 22h, e sábados até as 17h, o que reduziu o número de denúncias passadas pelo cidadão fluminense. De acordo com o Disque Denúncia, a estimativa é de uma perda de 42% das ligações nesse período de tempo. No total, foram perdidas quase 200 mil ligações de denúncias. O dado é mais grave quando se trata de violência doméstica. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, de 2023, cerca de 40% dos casos de violência contra a mulher ocorreram aos domingos e 22% durante a madrugada, períodos em que o Disque Denúncia não estava recebendo chamadas nos últimos anos.
O investimento da Prefeitura é de R$ 7 milhões ao ano para o Disque Denúncia voltar a funcionar 24 horas, sete dias da semana. O número de atendentes quase dobrará. Passa de 19 para 36. Com isso, não apenas a população da cidade do Rio será beneficiada, mas de todo o Estado, porque o Disque Denúncia atenderá todas as cidades fluminenses, contribuindo com a Polícia Militar.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Os cidadãos que precisarem denunciar suspeitos, casos de vandalismo, violência doméstica e outro crimes podem ligar ou enviar mensagens para os canais tradicionais de atendimento do Disque Denúncia – todos eles registram as denúncias de forma anônima:
Telefone – (21) 2253-1177
Whatsapp Anonimizado – (21) 2253-1177
Aplicativo – Disque Denúncia RJ
Site: disquedenuncia.org.br