Moradores de condomínio de luxo na Barra vão protestar após assalto
Um novo caso de roubo de telefone na Península motivou residentes a organizarem uma passeata, neste sábado (9), para denunciar a falta de segurança na região
Depois de fazerem uma petição pedindo por reforço no policiamento em 2024, os moradores da Península, na Barra da Tijuca, vão realizar uma passeata em protesto à falta de segurança no local, neste sábado (9). A ação foi motivada por um novo caso de assalto dentro do condomínio.
No começo da noite de quarta (6), uma mulher foi assaltada por dois criminosos em uma moto enquanto caminhava com o marido na Rua das Jacarandás, nas proximidades do condomínio Saint Barth. Ao perceber a movimentação dos bandidos, ela jogou o celular longe, mas foi empurrada por um dos suspeitos, que pegou o aparelho e fugiu. Em desespero, ela correu da cena do crime. A Polícia Militar foi acionada.
Nas redes sociais, o grupo Mães da Península e outros moradores criticam o valor elevado pago em taxas de condomínio, contrastado pela falta de segurança e controle nas portarias. O aumento no número de casos de violência levou os residentes a marcar uma passeata no sábado, às 11h, com concentração no Green Park.
A assessoria jurídica da Associação Amidos da Península (Assape) informou ao jornal O Globo que tomou conhecimento do caso e deu total apoio à vitima, além de auxiliar no encaminhamento do caso às autoridades competentes.
A entidade garantiu que a pauta da segurança pública é uma prioridade e que pleiteia junto ao governo do estado a construção de um batalhão da PM nas redondezas, em parceria com a própria associação e comércio local, incluindo os shoppings.
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Atualmente, a região é atendida pelo 31º BPM, localizado na Avenida Salvador Allende. O batalhão cobre as áreas do Recreio e Barra da Tijuca. Segundo a Assape, somente na Península residem cerca de 30 mil moradores.
Na avaliação do presidente da Câmara Comunitária da Barra da Tijuca (CCBT), Delair Dumbrosck, é preciso definir uma política de segurança pública para enfrentar a violência na cidade, não basta atacar casos isolados, porque a cada ocorrência há uma movimentação da ação dos criminosos em outra direção.
“Se (a política) ataca na Barra, a bandidagem vai para a Zona Sul. Se ataca em Copacabana e Ipanema, vão para a Tijuca e assim por diante. Os bandidos estão se movimentando constantemente. O problema da violência é da cidade como um todo. O governo precisa estabelecer uma política de segurança”, clamou Dumbrosck, ao jornal O Globo.
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A necessidade de uma política de segurança para o Rio, é tema de uma conferência que a CCBT está organizando para os dias 28 e 29 de novembro, no shopping Village Mall, na Barra da Tijuca. A ideia é reunir síndicos, representantes da sociedade civil, governos estadual e municipal e parlamentares para debater o assunto.
De acordo com a Polícia Civil, o caso está registrado na 16ª DP, na Barra da Tijuca, e os agentes buscam por imagens de câmeras de segurança para apurar a autoria e as circunstâncias do crime.
Vale ressaltar que a Barra da Tijuca apresentou números preocupantes de roubos de celulares no Rio de Janeiro no ano passado, segundo uma pesquisa d’O Globo. O bairro ficou em quarto lugar no ranking, atrás do Centro (1º), Tijuca (2º) e Maracanã (3º). Foram 424 ocorrências.
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