Conjunto de prédios da Fiocruz concorre a título de patrimônio da Unesco

Instituição entrou para lista indicativa que elenca possíveis candidatos a se tornarem patrimônios mundiais

Por Redação
Atualizado em 21 mar 2024, 19h05 - Publicado em 21 mar 2024, 19h03
Prédio da Fiocruz
Fiocruz: o Castelo Mourisco é parte do conjunto que concorre ao título da Unesco (Fiocruz/Divulgação)
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O conjunto histórico de prédios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), situado em Manguinhos, Zona Norte do Rio, pode se tornar um Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A instituição passou a integrar a Lista Indicativa da Unesco, etapa obrigatória para os locais que podem ser eleitos como Patrimônio da Humanidade, Cultural, Natural e Misto.

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Além da Fiocruz, outro endereço histórico do Brasil passou a integrar a lista: a Chapada do Araripe, que ocupa parte dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí, onde há importantes vestígios arqueológicos. Para formalizar a candidatura oficial ao Centro do Patrimônio Mundial da Unesco, os dois bens precisarão permanecer na lista por um ano.

“A candidatura ainda não significa o reconhecimento como Patrimônio Mundial, mas os bens que já foram reconhecidos partiram dessa lista indicativa. Esses dois bens podem se juntar aos outros sítios do Brasil já reconhecidos como Patrimônio Mundial”, explica o presidente do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass. Caso os dois bens sejam reconhecidos, o Brasil passará a contar com 25 Patrimônios Mundiais. Atualmente, o país conta com quinze Culturais, sete Naturais e um Misto.

“A partir de fevereiro de 2025, poderemos oficializar a candidatura dos bens culturais. Vamos organizar um material para avaliação de especialistas que operam junto à Unesco”, afirma a assessora internacional do Patrimônio Material do Iphan, Candice Ballester.

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O Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM) é composto por edificações de estilo eclético idealizadas por Oswaldo Cruz e projetadas pelo arquiteto Luiz Moraes Júnior. Faz parte desse conjunto o icônico Castelo Mourisco, prédio principal da Fundação inaugurado em 1918; além do Pavilhão do Relógio ou da Peste, a Cavalariça, o Quinino ou Pavilhão Figueiredo Vasconcellos, o Pombal ou Biotério para Pequenos Animais, o Hospital Evandro Chagas e a Casa de Chá.

Para eleger os patrimônios, a Unesco segue alguns critérios para aferir o ‘Valor Universal Excepcional’ dos bens. Segundo a Fiocruz, a instituição atenderia aos critérios 2 e 6, respectivamente:

  • Ser testemunho de um intercâmbio de influências considerável, durante um dado período ou numa determinada área cultural, sobre o desenvolvimento da arquitetura ou da tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou da criação de paisagens
  • Estar direta ou materialmente associado a acontecimentos ou a tradições vivas, ideias, crenças ou obras artísticas e literárias de significado universal excepcional (o Comitê considera que este critério deve, de preferência, ser utilizado conjuntamente com outros).
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