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Coronavírus: maioria dos hotéis do Rio não tem previsão de reabertura

Pesquisa mostra ainda que hotelaria carioca acumulou um prejuízo de R$ 720 milhões desde o início da pandemia, há quatro meses

Por Bruna Motta
Atualizado em 22 jul 2020, 17h23 - Publicado em 22 jul 2020, 17h22
Crise: Em março deste ano, a ocupação caiu de 80% para 5%, por conta da pandemia (Unsplash/Reprodução)
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O cenário criado pela pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe danos – alguns irreparáveis – no setor hoteleiro. Segundo estudo feito pelo Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro, cerca de 66 estabelecimentos hospedagem, entre hotéis, hostels e albergues, estão com operações temporariamente suspensas na capital.“No começo do ano estávamos com mais de 80% de ocupação. Caímos para 5% em março”, conta Alfredo Lopes, presidente do Hotéis Rio.

O estudo aponta que a maioria dos empreendimentos (56%) não trabalha com previsão de data; 25,76% pretendem reabrir em agosto; 10,60%, em setembro; 1,50%, em novembro; e 6,08%, no ano de 2021. A pesquisa registrou também que seis estabelecimentos fecharam definitivamente na cidade – o tradicional hotel Everest, aberto em 1975, em Ipanema, é um dos que decidiu encerrar as atividades. Ainda de acordo com o levantamento, os últimos quatro meses acumularam um prejuízo estimado em R$ 720 milhões para a hotelaria carioca.

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“Vivemos momento de incertezas, mas já começamos a ver certas saídas”, diz Alfredo, que aposta suas fichas, pelos menos a curto prazo, no crescimento do turismo local. Em comparação a março, a taxa de ocupação na cidade já quadruplicou, chegando a 20% da ocupação no momento. O presidente analisa que a melhor opção para o setor seria adiar o carnaval de 2021 para junho ou julho. “Sem vacina acho difícil ter hóspedes estrangeiros. Até o meio do ano que vem, com a vacina, podemos atraí-lo justamente na alta temporada deles, o verão no hemisfério norte”, explica.

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Lopes revela que, além das regras de ouro impostas pela Prefeitura do Rio para o funcionamento dos estabelecimentos, o sindicato criou novas medidas de higienização. “Descobrimos que os controles remotos são um dos principais vetores de contaminação. A partir de agora, vamos entregar selado, higienizado corretamente”.

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