Crise da água: Rio pode ter falta de abastecimento até terça

A operação na estação do Guandu foi retomada pela Cedae na manhã de domingo (7), no entanto, a normalização pode levar até 48 horas

Por Agência Brasil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 fev 2021, 11h57 - Publicado em 8 fev 2021, 11h56
Rio do Guandu vista de cima
Estação do Guandu: operação foi retomada na manhã de domingo (7) após interrupção no sábado (8) (Comitê Guandu/Divulgação)
Continua após publicidade

Após uma interrupção para tentar solucionar a crise que afeta o sistema de distribuição de água na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu foi religada no domingo (7) pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), estatal vinculada ao governo estadual que responde pelo serviço. A situação decorre da alteração do gosto e do sabor da água que chega na torneira dos moradores de diversos bairros.Crise da água: Rio pode ter falta de abastecimento até terçaCrise da água: Rio pode ter falta de abastecimento até terça

+ Dessa água não beberei: relatório da Cedae aponta geosmina acima do nível

A operação da estação foi interrompida às 18h de sábado (6) e retomada às 5h da manhã de domingo (7). Segundo a Cedae, trata-se de um plano de contingência. “A ação consiste na abertura das comportas para o escoamento com maior volume e velocidade, renovando parcialmente a água da lagoa”, informou.

+ Para receber a Veja Rio em casa, clique aqui

Por conta a suspensão temporária do funcionamento da Estação Guandu, a Cedae alertou que pode haver desabastecimento em áreas de ponta do sistema e recomendou que sejam adiadas tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água. A normalização pode levar até 48 horas e um esquema especial foi montado pela estatal para atender hospitais e outros serviços essenciais com carros-pipa, caso haja necessidade.

Continua após a publicidade

+ Mesmo com reclamações, Cedae diz que água distribuída no Rio está potável

De acordo com a companhia, a crise é causada pelo aumento da proliferação de algas e cianobactérias nos mananciais que desaguam na Estação Guandu, as quais seriam responsáveis por liberar substâncias como a geosmina e o 2-metilisoborneol (2-MIB), que conferem à água um cheiro e um sabor de terra molhada. Há duas semanas, quando o problema teve início, o governador em exercício, Cláudio Castro, realizou uma reunião de emergência com técnicos da Cedae para cobrar explicações.

+ Município do Rio tem mais mortes de Covid-19 que o resto do país

Continua após a publicidade

Em comunicado divulgado no sábado (6), a Cedae afirmou que as concentrações de geosmina e 2-MIB na água tratada estavam baixas, mas reconheceu que a quantidade de algas na lagoa próxima à estação de tratamento vinha crescendo nos últimos dias. “Três fatores levam à proliferação de algas nos mananciais: água parada, presença de nutrientes e luz solar. O fenômeno ocorre com maior frequência no verão, exigindo medidas preventivas para manutenção da qualidade da água que sai das estações de tratamento”, disse a estatal.

+ Barrados: Rio proíbe entrada de ônibus e veículos fretados no carnaval

Segundo a Cedae, o consumo de água com geosmina e 2-MIB não traz risco à saúde dos consumidores. Situação similar já havia ocorrido no início do ano passado, quando o problema demorou mais de um mês para ser solucionado. Na ocasião, a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do estado (Agenersa) aplicou uma multa de R$ 5,7 milhões na Cedae.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.