Restauratrice: Cristiana Beltrão

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h22 - Publicado em 10 out 2012, 19h57
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restaurantes-restauranter-abre.jpg (Redação Veja rio/)
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Caçadora de tendências e apaixonada por gastronomia, ela viaja o mundo em busca de novos sabores. Garante que, em cada cidade, visita três restaurantes por dia ? não parece, mas, para cumprir a agenda, Cristiana Beltrão costuma almoçar duas vezes. Nos últimos doze meses os destinos foram Nova York, África do Sul, Sicília (Itália) e Ilha da Madeira (Portugal). Esse périplo incluiu idas a 89 restaurantes, todas relatadas no blog acompanhado pela comunidade gourmet (são 1?000 visitantes únicos por dia). Cristiana não se limita ao plano virtual. Depois de trocar ideias com o chef Claudio de Freitas, as experiências costumam render novidades no menu de suas casas, o contemporâneo Bazzar e a rede de bistrôs Bazzar Café. Também à frente de uma fábrica de molhos e coberturas (distribuídos para 415 pontos de venda em todas as unidades da federação, exceto Tocantins), a empresária comanda um exército de 300 funcionários. Depois de deixar a carreira na área financeira para se dedicar à gastronomia, Cristiana trilhou um caminho marcado pelo pioneirismo. Em 1998, o Bazzar foi o primeiro restaurante a investir numa carta de cervejas especiais. O fracasso da iniciativa virou folclore: ela teve de beber quase todo o estoque, mas não desistiu. Relançada no ano passado, a seleção responde hoje por 65% das vendas de bebida na casa. Cardápio com indicação de procedência dos ingredientes? Há seis anos já é assim. Defensora do ?locavorismo?, bandeira que valoriza o produtor local, ela trabalha em parceria com os fornecedores para desenvolver matérias-primas de excelência. Foi assim, ajustando a maturação aqui, acertando o sal ali, que chegou ao parmesão ideal, fabricado em Resende e usado na composição das receitas ? para finalizar o prato, não abre mão do autêntico parmigiano reggiano. A última de Cristiana foi o sensacional menu de quatro pratos com carne de wagyu, raça japonesa que produz o caríssimo kobe beef. Descoberta no interior de São Paulo, a matéria-prima com qualidade dentro do padrão internacional permitiu a prática de preços mais acessíveis. O tartare, servido sob gema de ovo caipira e a incrível batata frita em um só fio (R$ 43,80), e a bochecha, que chega desmanchando em molho de cerveja, sobre purê de cará e couve frita (R$ 35,70), são dois deliciosos exemplos. Pelo conjunto da obra e, principalmente, pelos afagos no paladar dos comensais, essa carioca de 43 anos recebe de VEJA RIO o prêmio de restauratrice do ano.

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