Inversão de papéis: Delegacia da Polícia Civil é investigada por corrupção
A operação tem como alvo um grupo que atuou dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, na região serrana do Rio
O Ministério Público do Rio (MPRJ) cumpre nesta quarta (30) oito mandados de prisão preventiva e 19 de busca e apreensão em uma ação que investiga um esquema de corrupção policial.
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O alvo da operação Carta de Corso é um grupo que atuou dentro da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Polícia Civil, de março de 2018 a março de 2021.
Seis pessoas haviam sido presas até as 7h20 desta quarta (30), entre elas, um delegado da polícia e outros quatro policiais. De acordo com o MPRJ, o grupo exigia pagamentos de lojistas da rua Teresa, um polo comercial têxtil de Petrópolis, na região serrana fluminense, para permitir que eles continuassem vendendo roupas falsificadas.
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O grupo, segundo a investigação, seria formado por dois núcleos. Um atuava ameaçando lojistas e recolhendo a propina e outro usava ilegalmente a estrutura da Polícia Civil para reprimir os comerciantes que se recusavam a pagar os valores exigidos. Nesses atos, os policiais teriam forjado provas e produzido laudos falsos.
A Polícia Civil informou que sua corregedoria já possui procedimentos abertos sobre o caso e que solicitará informações ao MPRJ sobre a operação de hoje para juntar às investigações.