Por um Rio mais gentil

No Dia Mundial da Boa Ação, inspire-se nas atitudes de três cariocas, veja como ajudar a espalhar gestos de gentileza e compartilhe conosco a sua história

Por Daniela Pessoa
Atualizado em 5 jun 2017, 14h34 - Publicado em 25 abr 2012, 16h06
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corrente_bem.jpg (Redação Veja rio/)
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Não estranhe se, nesta quinta (26), você estiver no Largo da Carioca por volta das 17h e alguém lhe abordar na rua para entregar um presente acompanhado de um cartão. O comportamento parece suspeito – afinal, sabemos que a gentileza é um artigo raro em tempos em que poucos dão passagem no trânsito, cedem o assento no ônibus ou desejam bom dia -, mas a surpresa organizada pelo movimento A Corrente do Bem faz parte do Dia Mundial da Boa Ação, celebrado em 48 países. O grupo de voluntários ajuda a disseminar e incentivar pequenos gestos que tornem o dia a dia melhor e mais alegre, como pagar um café para a pessoa que está logo atrás na fila da lanchonete e pedir para que ela passe a gentileza adiante. Portanto, se você é a favor de um Rio mais bonito, leve, gentil e alegre, participe, comente e nos ajude a semear atitudes positivas – hoje e todos os dias. Veja a seguir como três cariocas, cada um à sua maneira, ajudam a espalhar boas ações.

Empolgado com a ideia de transformar o mundo começando pelo quintal de casa, Leonardo Elói e dois amigos fizeram uma vaquinha, no ano passado, para começar a divulgar A Corrente do Bem. O movimento é inspirado no australiano Pay it Forward Experience, criado em 2007 em alusão ao livro homônimo de Catherine Hyde e ao filme protagonizado por Haley J. Osment. Do próprio bolso de Elói saíram cerca de 10 000 reais, mas o bacharel em Relações Internacionais destaca que boas ações não precisam ser mirabolantes, nem muito menos caras. “Simples gestos de gentileza bastam. Eles nos fazem bem e é divertido praticar”, afirma o voluntário, hoje coodernador de projetos da ONG Meu Rio, que aproxima os cariocas, através da Internet, de questões importantes da cidade como obras e projetos de lei em votação. “O carioca é gentil por natureza, mas só costuma se mobilizar quando acontece alguma desgraça. Por que não ser gentil todos os dias?”, questiona. E tem mais: no ano passado, o ex-morador de Jacarepaguá se mudou para um barco (isso mesmo) na Marina da Glória, de onde pedala todos os dias para o trabalho, ajudando a poupar o meio ambiente com um carro a menos nas ruas.

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O estudante de relações públicas Dorly Neto e mais três amigos se propuseram o mesmo desafio: fazer o bem todos os dias. O resultado foi o site de crowdfunding Benfeitoria. Trata-se de um endereço onde é possível ajudar, com colaborações a partir de 10 reais, projetos sociais ou culturais transformadores, como foi o caso da festa de Dia das Crianças realizada no ano passado no Morro Santa Marta. Teve também o time completo de futebol montado por um policial no morro pacificado do Cantagalo, o baile de debutantes de meninas do Morro da Providência, entre outros. O site lucra apenas com patrocínios, uma vez que não cobra comissão. “Uma empresa não tem que ter um setor de responsabilidade social. Ela deve ser socialmente responsável em toda a sua cadeia”, opina Neto, que também faz parte de um grupo voluntário, o Ocupações Poéticas (OPA), responsável por levar poesia a lugares improváveis como presídios.

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Já o escritor Luis Eduardo Matta, autor de thrillers e obras infanto-juvenis pela Primavera Editorial, aderiu ao projeto Escritores do Bem. O objetivo é incentivar autores nacionais a produzir textos inéditos sobre ONGs que atuam nos quatro cantos do país. As histórias farão parte de um livro digital gratuito. “Convivemos com mazelas herdadas do período colonial, mas nem sempre os governos cumprem com suas obrigações. Ao invés de esperarmos sentados por transformações, nós mesmos podemos provoca-las”, afirma Matta, que escreveu sobre o Instituto Vila Rosário, em Duque de Caxias. O desafio da organização, que acompanha o tratamento de quase 7 000 pessoas com tuberculose, é erradicar a doença da região, que apresenta um dos íncides mais altos da doença no país. “Lá, eles têm essa visão incrível de que, para combater as mazelas, é preciso também investir em educação. Um país só vai para frente quando tem leitores”, destaca o escritor, que já doou títulos para a biblioteca do instituto, além de oferecer palestras gratuitas de incentivo à leitura em escolas públicas da cidade. “Se cada um pudesse se doar pelo menos um pouco em prol de um bem maior, aí sim teríamos o tal ?Brasil, um país de todos?”, encoraja o autor.

E você, já fez ou recebeu alguma boa ação essa semana? Registre na caixa de comentários abaixo! Quem sabe hoje não é o seu dia de inspirar alguém? Assista ao vídeo a seguir, veja como é simples fazer parte dessa corrente, espalhe o bem e divirta-se.

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