Eduardo Paes descarta Carnaval em julho: ‘Impossível neste momento’

"Em 2022 poderemos (todos devidamente vacinados) celebrar a vida e nossa cultura com toda a intensidade que merecemos", escreveu nas redes sociais

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 jan 2021, 16h31 - Publicado em 21 jan 2021, 13h47
A imagem mostra escolas de samba atravessando a Sapucaí
Carnaval: desfiles na Sapucaí estão marcados para os dias 11, 12 e 17 de fevereiro (Fernando Grilli/ Riotur/Divulgação)
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O prefeito Eduardo Paes (DEM) descartou a possibilidade de o Carnaval 2021 ser realizado no mês de julho. Nesta quinta (21), em suas redes sociais, ele disse “ser impossível” preparar a cidade para a festa, mesmo com a vacinação já tendo começado. Neste ano, oficialmente, a folia seria de 13 a 16 de fevereiro, caso não houvesse a pandemia. Diante do cenário e da falta de perspectiva de haver vacina a tempo, os desfiles na Marquês de Sapucaí e os blocos tinham sido transferidos para o início do segundo semestre.

“Nunca escondi minha paixão pelo carnaval e a visão clara que tenho da importância econômica dessa manifestação cultural para nossa cidade. No entanto, me parece sem qualquer sentido imaginar a essa altura que teremos condições de realizar o carnaval em julho. Essa celebração exige uma grande preparação por parte dos órgãos públicos e das agremiações e instituições ligadas ao samba. Algo impossível de se fazer nesse momento. Dessa forma, gostaria de informar que não teremos carnaval no meio do ano em 2021. Certamente em 2022 poderemos (todos devidamente vacinados) celebrar a vida e nossa cultura com toda a intensidade que merecemos”, anunciou.

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Porém ele se preocupa com os trabalhadores da festa. “Já determinei que a Riotur e a secretaria municipal de cultura trabalhem na preparação de editais a fim de permitir que os fazedores dessa grande festa e celebração cultural tenham alguma forma de sustento ao longo de 2021”, completou.

Em nota, a Sebastiana – Associação de Blocos de Rua do Rio  informou que “recebe com alívio e apoia a decisão do prefeito” pois vem ao encontro do posicionamento da associação. “O retorno dos blocos às ruas só poderá se dar quando houver vacina e imunização de toda a população, condição essa que assegure a segurança de todos. Embora saibamos que há uma legião de trabalhadores da cadeia produtiva do carnaval que serão afetados com essa decisão, entendemos também que a cidade não tem condições de organizar e financiar a estrutura necessária para um evento do tamanho do carnaval, considerado uma verdadeira operação de guerra, diante de tantos desafios. Outras prioridades se colocam no sentido de que se possa reerguer o Rio, principalmente no que toca a saúde e o trabalho. Para nós, o mais importante nesse momento é o cuidado com as pessoas, o controle da pandemia e o respeito à vida e ao luto das famílias. Além disso, iniciar conversas com as secretarias de cultura tanto da prefeitura quanto do estado para que sejam criados editais de emergenciais de ajuda aos trabalhadores do carnaval”, diz o comunicado.

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Há que se ressaltar que a própria Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem avisado sobre a perspectiva de a campanha de imunização só ser encerrada em 2022 devido à falta de vacinas para a cobertura necessária.

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