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Em cinco anos, 20% da população do estado do Rio foi afetada por enchentes

Segundo estudo da Confederação Nacional nos Municípios, chuvas deram prejuízo de R$ 2,9 bilhões em cinco anos; 316 mortes foram causadas pelas enchentes

Por Da Redação
17 jan 2024, 13h57
Chuva intensa acompanhada de rajadas de vento alaga ruas na região central da cidade, que tem alerta estágio de atenção
Chuva: governo alerta que não está fazendo distribuição dos cartões Recomeçar (Fernando Frazão/Agência Brasil)
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Em cinco anos (2019-2023), o estado do Rio registrou prejuízos materiais orçados em 2,9 bilhões de reais — incluídos gastos públicos e privados — por causa de chuvas. De lá para cá, foram 316 vidas perdidas por causa das enchentes, segundo um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgado ontem pelo programa CBN Rio, da Rádio CBN. Cerca de 3,8 milhões de pessoas (mais de 20% da população total) foram afetadas de alguma forma pelos temporais. Nesta conta, estão desde vítimas que morreram ou perderam suas casas a trabalhadores que tiveram dificuldades para voltar para casa durante as fortes chuvas.

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Segundo o jornal O Globo, os 2,9 bilhões de reais de prejuízo equivalem a quase três vezes mais que o custo das obras contra o transbordamento do Rio Acari, na Zona Norte, que a prefeitura do Rio quer fazer, mas que depende de recursos federais. Os dados sobre o impacto das chuvas em todo o país devem ser compilados pela CNM até março. Eles vão servir para que os prefeitos apresentem demandas à União por investimentos em infraestrutura.

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Só nas chuvas do último fim de semana, mais de 15 mil cariocas e fluminenses foram diretamente afetados, de acordo com um levantamento parcial feito pelo governo do estado. O número de desalojados chega a nove mil, e outras 300 pessoas estão desabrigados. Ainda não há levantamento sobre os danos estruturais causados pela enxurrada nas cidades. Os municípios de Belford Roxo, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Mesquita, Nilópolis e Rio foram reconhecidos pelo governo federal como estando “em situação de emergência”, o que facilita o acesso a recursos federais para a realização de compras emergenciais sem licitação. O estudo da CNM mostra que, em cinco anos, as 92 cidades fluminenses recorreram a essa medida 530 vezes. Ainda segundo cálculos do governo do estado, de 25 mil a 30 mil famílias devem receber o Cartão Recomeçar, com parcela única de R$ 3 mil, destinados exclusivamente para a compra de eletrodomésticos, material de construção e móveis.

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