Emergência climática: estudo mostra aumento de chuvas muito fortes no Rio
Segundo COR, 101 dos 175 dias de chuva com volume acima de 50,1 mm registrados desde 1997 foram a partir de 2010; aquecimento global seria uma das causas
A impressão de que os temporais mais intensos andam mais frequentes na cidade do Rio foi comprovada por um estudo do Centro de Operações Rio (COR). De acordo com informações do Alerta Rio, que é o sistema meteorológico da prefeitura, houve um aumento das chuvas consideradas muito fortes nos últimos 14 anos. Foram considerados dados relativos aos meses de dezembro a abril, período mais chuvoso na Região Sudeste.
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De acordo com o levantamento, obtido pelo portal G1, foram identificados 175 dias de chuva com volume acima de 50,1 milímetros no período de uma hora desde 1997, que marca o início da série histórica. Deste total, 101 dias com chuva muito forte foram registrados a partir de 2010. Entre os anos de 1997 a 2009, apenas o ano de 1998 contou com mais de 10 dias com registro de chuva muito forte. Naquele ano, foram 13 dias com mais de 50,1 mm. Já entre 2010 e 2023, cinco anos ultrapassaram esse limite.
“O aquecimento global está dentro dessas mudanças climáticas, podemos considerar como uma das causas desse fenômeno”, disse a meteorologista Carolina Ferreira, que participou da pesquisa, acrescentando que o trabalho segue em busca de padrões e informações que ajudem o poder municipal a mapear e atuar na cidade em caso de incidência de chuva forte. O estudo contou com a colaboração de membros da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos. As informações coletadas na pesquisa foram retiradas das 33 estações meteorológicas da cidade, usadas para a medição de precipitações. O COR reúne a informações do Sistema Alerta Rio e de vários órgãos da Prefeitura do Rio, em busca de respostas mais rápidas para situações como bolsões d’água e demandas da Defesa Civil, por exemplo.
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Os especialistas do Sistema Alerta Rio analisaram a incidência de chuva especialmente no mês de fevereiro. O verão de 2023, inclusive, é considerado pelos analistas do COR como o quarto com maior volume chuvoso desde o início da série histórica, de acordo com o estudo. Foram 222,4 mm de chuva.
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