Empresário denuncia caso de racismo na Pizzaria Guanabara, no Leblon

Em vídeo nas redes sociais, ele acusa uma atendente do restaurante de impedir que um menino se sentasse à mesa para comer

Por Redação
Atualizado em 28 mar 2022, 18h51 - Publicado em 28 mar 2022, 13h11
A pizzaria que vira a noite funcionando foi acusada de racismo após incidente ocorrido na manhã de sábado
A pizzaria que vira a noite funcionando foi acusada de racismo após incidente ocorrido na manhã de sábado (Reprodução/Internet)
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Uma acusação de racismo feita na internet por um empresário carioca, que publicou vídeo gravado na tradicional Pizzaria Guanabara, conhecido ponto do Baixo Leblon, está mobilizando as redes nesta segunda-feira contra o estabelecimento. O vídeo foi feito pelo celular por Daniel Cohen no início da manhã de sábado (26/03), no restaurante conhecido por permanecer aberto até de manhã nos fins de semana. Ele aparece interpelando uma funcionária do estabelecimento sobre a tentativa da atendente de impedir que um menino, vendedor de balas no local, se sentasse à mesa para comer uma refeição oferecida por Daniel, que estava acompanhado de amigos.

“Inadmissível! Preconceito e racismo na Zona Sul do Rio de Janeiro!”, postou o empresário na legenda do vídeo onde ele pede ao menino, de 14 anos e morador da Rocinha, que confirme o ocorrido, discute com a atendente em seguida e se dirige ao gerente, no vídeo gravado por um amigo: “Essa senhora disse que se eu fosse pagar uma refeição para o menor, meu pedido seria cancelado, porque tinha pessoas na minha mesa com bebida alcoólica. Mas o menor não vai beber, só pediu uma refeição”, diz Daniel no vídeo, antes de o gerente afirmar que o menino poderia comer na mesa. “Nunca vi algo assim. Vou expor na mídia essa pizzaria, que merece ser cancelada até que o dono se retrate”, afirma Daniel, que tem 39 mil seguidores no Instagram.

O empresário deixou o local por volta das 6h da manhã e gravou a parte da varanda onde estava sentado com amigos
O empresário deixou o local por volta das 6h da manhã e gravou a parte da varanda onde estava sentado com amigos (./Reprodução)

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Nas imagens, a funcionária em questão, atrás do balcão da pizzaria, alega que o adolescente, por ser menor de idade, não poderia sentar para comer no local por conta do horário. “Você é o que dessa criança?”, ela questiona, afirmando que o menino é “de menor” e deveria estar em casa naquela hora. “Ele pode comer na casa dele”, ela diz.

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Na noite de domingo (27/03), Camilla Miguel, apresentando-se como a filha da funcionária que teria ameaçado cancelar os pedidos da mesa de Daniel, postou em seu Instagram uma mensagem que enviou ao empresário, defendendo a mãe e o restaurante.

“Aqui quem fala é a filha da funcionária da pizzaria que você fez questão de expor em seu Instagram da forma mais injusta possível. Vestindo uma roupa que não cabe nela, deixando com que várias pessoas a xinguem, a desejem coisas cruéis“, diz a moça, afirmando que o vídeo foi postado fora de contexto. E prossegue: “Vocês estavam ingerindo bebida alcoólica, eram cinco horas da manhã e queriam um menor de idade sentado na mesa de vocês. Funcionários só seguem regras, não é sobre a cor nem sobre a classe social, até porque não somos ricos, temos consciência de classe. Ela nunca foi preconceituosa, racista, homofóbica ou qualquer ato repugnante em 47 anos de vida”.

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O gerente da pizzaria, Edivan Lima, disse ao site Metrópoles que o ocorrido foi um mal-entendido: “O pré-adolescente é conhecido da casa, sempre foi atendido. O que ocorre é que é de praxe confirmar se procede o pedido do menino, porque o horário não permite que ele fique até de madrugada circulando”.

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